quarta-feira, 30 de maio de 2012

Os cães abandonados pelo Cão sem dono.








Neste final de semana, a ABEAC, promoveu um mutirão veterinário na Chácara de parelheiros, cujos animais estavam sob a guarda do Cão sem Dono.



Após a saída do Cão sem Dono, a ABEAC enviou dois veterinários, alguns voluntários e muita boa vontade, carinho e amor.
Tirem suas próprias conclusões. As minhas, virão em breve.




terça-feira, 29 de maio de 2012

A Casa dos bichos, o canil Uanga, em Paraibúna, não Jacareí.

Então encontrei alguém no facebook falando MUITO bem do Rafael. Incrível, a pessoa fala que ele ajuda sem fazer propaganda, que coloca a mão na massa, que ele mesmo ajuda a construir os canis. Até lembrei de quando ele assumiu a Chácara de Parelheiros. A Márcia, velha amiga da minha mãe me telefonou e contou que Rafael estava lá, com os pedreiros, ele mesmo ajudando a construir os canis. Fiquei super feliz! Aí ele tirou fotos, foi embora e nunca mais voltou!
Quem seria essa pessoa da Casa dos Bichos? Estaria eu cometendo uma injustiça?
Pesquisando, matei a charada! A Casa do bichos é o antigo canil Uanga. Este é o novo golpe do Rafael. Dessa vez, cobrará de quem deixar os animais hospedados. Um negócio...
É grátis???Animais disponíveis para empresas de segurança...
O que será destes cachorros? 
Como se até isso fosse possível, Rafael mudou o nome da cidade, pois o canil de Paraibúna ainda está na memória dos protetores de animais. O Uanga de Paraibúna, foi denunciado em 2006 por pessoas que deixavam os cães lá, pagavam e recebiam notícias positivas sempre que telefonavam. Porém, quando foram atrás dos animais, ou os encontraram em péssimas condições, ou nunca mais tiveram notícias...
Conta uma colaboradora, que o cão que havia deixado aos cuidados do Uanga, entrou saudável, saiu num saco preto. Quem se lembra disso?

segunda-feira, 28 de maio de 2012

O silêncio que impressiona.

Todos os dias recebo uma denúncia de alguém. A história é sempre a mesma. Rafael Rodriguez Miranda aparece onde protetores precisam de ajuda, tira fotos, pede dinheiro nas redes sociais e através do site e desaparece.
Quando leva cachorros, os abandona em locais próximos de onde os recolheu.
A denúncia de Pinheirinho, é que pegou animais numa ponta da cidade e abandonou na outra. No meio disso, visitou uma veterinária. Ou foi em Petrópolis? Enfim, muitos casos, todos semelhantes.
Conversando com dirigentes de Ongs conhecidas e movimentos sérios, me impressiona o fato de que quem não tinha certeza, ao menos suspeitava.
E este silêncio? Que se confunde com conivência, cumplicidade, medo de ser desacreditado. Por que tanta gente ligada a este movimento de proteção animal se calou por tanto tempo diante de tantas evidências?
Não tenho a resposta para isso, creio que cada um deva ter seus motivos. Também creio que agora que tudo veio à tona, ninguém mais vai defender esta Ong.
Certeza mesmo, só tenho uma - A verdade vos libertará!
Da série "emails do Rafael", segue mais um, o que dizer?

domingo, 27 de maio de 2012

Denúncias, evidências e os BOs ameaçadores.

Me espanta nesta hora, a quantidade de gente que me procura contando a mesma história.
Dizem que foram procurados por Rafael, que chegou oferecendo ajuda. Ficam esperançosos e ganham alguns sacos de ração.
Rafael tira fotos, pede ajuda nas redes sociais. Depois, desaparece. Não atende mais telefone, jamais volta com a ajuda prometida.
Alguns, alegam que deram seus animais para ele "doar". Jamais viram um termo de adoção. Uma senhora encontrou alguns de seus cães teoricamente doados, vagando por ruas próximas.
Uma testemunha informa ter visto dois carros importados abrindo as portas e colocando na rua quantidade exagerada de animais. Afirma que o bairro inteiro ficou surpreso com a quantidade de cachorros que apareceu de uma hora para outra.
Neste meio tempo, um cão da Chácara voltou para casa. Incrível como são os cães. Sabe-se lá quanto tempo demorou para voltar, pelo que passou, onde foi deixado. Estava debilitado, mas o fato é que Bolinha voltou pra casa e agora será o símbolo de nossa luta para descobrir o paradeiro dos tantos outros. Ainda não tenho uma foto dele, mas postarei assim que chegar.
Na semana que entra, vou à Itapecerica para iniciar as negociações com a Promotoria de lá, com relação ao processo contra a Ong Cão sem dono, contra o Rafael Rodriguez Miranda. Arrolar testemunhas, juntar documentos. Ao contrário de Rafael, não vou fazer um BO na delegacia. Vou em busca do Ministério Público, o Órgão que verdadeiramente pode agir.

sábado, 26 de maio de 2012

Email do Rafael Miranda sobre os cães da Chácara


Rafael Miranda então postou um email que enviei para ele logo que minha mãe morreu onde falo em 230 cães no canil  e 55 na casa dela.
Nem vou discutir isso, primeiro porque tenho a contagem certa e depois porque isso é uma bobagem. Vamos considerar os números dele, e ainda faltam 66 cães que não sabemos onde estão. Afinal, se nas palavras dele "da Chácara só sai cachorro e não entra", ONDE ESTÃO OS CACHORROS????
Mas já que estamos postando emails, e eu tenho umas pérolas, vamos ao primeiro da série - "emails do Rafael".
Neste ele confessa ter deixado na rua uma caixa de filhotes e um cão com a pata encanada, o qual  eu havia dado abrigo para evitar que o cachorro ficasse na rua.
Quem, no mundo da proteção animal deixa uma caixa com 5 filhotes na porta de um local que existe para abrigar animais abandonados???? Não conheço ninguém. Cito aqui a Marli da ABEAC que acabou recolhendo estes infelizes, a Cecília do Ajudanimal que sofre com o abandono em sua porta e até a Gabi do PEA, que era controlada, controlada, mas tem uma casa lotada de felinos e caninos. Eliete do Projeto CEL, nem se fala, tem um husky cego que vive na sua cozinha. 
Vamos lá, esforço geral! Pensem, pensem, pensem !


sexta-feira, 25 de maio de 2012

Explicando com laranjas

Estou percebendo uma grande dificuldade do "grande público" em entender o que se passa. Já percebi que todos ligados ao movimento de proteção animal sem exceção, friso, sem exceção até o momento, entenderam tudo. Porque vivemos estas questões diariamente.
Descabelados protetores correm atrás de resgate, veterinário, castração, doação.
Deixam de pagar contas pessoais, perdem a conta "prime" e entram na lista da SERASA.
Impossível dar conta do abandono de animais domésticos que assola o país.
Mas voltemos às laranjas. O Cão sem Dono tem se defendido postando cópias de ações que a entidade fundada por minha mãe sofreu. Alega que o local era sujo, que os animais não tinha acomodações adequadas, se alimentavam de ração de péssima qualidade, não estavam castrados, não tomavam banho. Ok. Algumas afirmações são exageradas, outras verdadeiras. Mas contra fatos não há argumentos. 
Fato - Assim que minha mãe faleceu, ciente de que não tinha a menor condição de cuidar daqueles animais, busquei a ajuda de ONGs mais estruturadas para dar uma vida digna aos cães da Chácara. Se eu defendesse as condições em que se encontravam aqueles cães, não teria buscado ajuda. Encontrei Rafael, disposto a ajudar. 
Fato - Os animais da Chácara estavam todos vacinados no ano passado e castrávamos em média, 15 animais por mês. Tenho todos os comprovantes de vacinação e de castração.
Ele passou um ano tomando conta dos animais da Chácara e pedindo dinheiro em nome deles.
Será que os colaboradores que defendem Rafael e atacam as condições da Chácara não percebem que em um ano inteiro administrando o local, O Cão sem Dono tinha obrigação de melhorar aquelas condições?
Nenhum animal foi vacinado ou castrado nos últimos doze meses.
Como ele foi para Pinheirinho ajudar cachorros abandonados no meio da desocupação, se em Parelheiros os animais estavam em condições precárias?
Qual o problema dessas pessoas? Não conseguem raciocinar?
Explico com laranjas. Se a Chácara de Parelheiros hoje está em um estado calamitoso, a culpa é da administração de Rafael Miranda. E isso será facilmente comprovado através dos esforços que estão sendo feitos hoje pela ABEAC. Em menos de duas semanas, canis estão sendo reformados, animais estão sendo levados para castração. Tirem suas próprias conclusões. Mas por favor, PENSEM!

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Liminar que interditou o canil do Cão sem Dono


Por um princípio de equidade, já que eles postam a minha ação, eu posto a deles. Eles não permaneceram interditados, é verdade. Mas nós também fomos absolvidas de todas as acusações, oras!

A defesa do estelionatário é o ataque

E hoje o Cão sem Dono publicou mais uma "nota oficial" ou seja lá o que for aquilo. Continua atacando na linha de que a melhor defesa é o ataque.
Mas é uma bobagem. Querem denegrir a Chácara?
Desculpem mas preciso fazer pausa pra rir. Kkkkkkk!
Mais?  Falem sério. Juntam documentos onde o CCZ diz que o local é inadequado e citam a presença de ratos!
Todo mundo já sabe que a Dona Jane, minha falecida mãe, alimentava os ratos da Chácara. Sim, ratos silvestres, é verdade. Quero lembrá-los que o local ão tem saneamento básico e está localizado no meio do mato. Portanto, não são ratos de esgoto, daqueles feiosos. São ratinhos de peitinho branco. Mesmo se não fossem. Para minha mãe todos tinham direito à vida, incluindo as baratas...
E juntam uma ação do CCZ, onde na inicial está lá a "criação irregular de felinos". Pode parar!!! Ratos, admitimos, mas gatos? Não, não desde 1997 não há um gato sequer naquela chácara.
Bom, seguem atestando que o local era muito, mas muito ruim mesmo. Ok, não vou entrar no mérito, afinal, eu mesma quis entregar a administração de lá a alguém que fizesse melhor, uma vez que tentei deixar o CCZ assumir, mas eles não quiseram! para quem não sabe, o CCZ deveria por ordem judicial cuidar daqueles cães desde setembro do ano passado. Mas como disse: elesnãoquerem.com.br!!! 
Mas voltando ao Cão sem Dono. Por que pediram dinheiro para melhorar a vida destes animais por um ano inteiro e não o fizeram? E por que, por que não apontam o paradeiro dos cães? Rafael faz um jogo de números, diz que eram 230 no canil, 55 na casa da minha mãe. Vou considerar os números deles. Não porque está certo, mas porque é o que admitiram até agora. Então, faltam, pelas contas deles, 66 cães.
Onde estão os 66 cachorros, Rafael????

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Procurando no Google, a sede da Raro.




Encontrei a sede da Raro Transportes de cargas Nacionais e Internacionais...
Fica cada vez mais distante minha esperança de obter o paradeiro dos cães que foram covardemente levados por Rafael Miranda da Chácara para o abandono e a morte.

Quem é a Raro Transportes?

A Raro Transportes de Cargas Nacionais e Internacionais, é a transportadora da qual Rafael tanto fala e se escora nela para justificar seus ganhos. Aberta em 2003, com sede na Rua dos Guaianazes, 461, cj 13

A quem pertence o domínio caosemdono.com.br

Efetuando uma busca simples, descubro que no Registro.br, em 2005 Rafael registrou seu site com o CNPJ da transportadora que alega ser dono, e de onde tiraria seu sustento.

Como tudo começou vir à tona.

Este email que transcrevo a seguir, foi elaborado pela Patricia Lima, uma amiga minha de infância, que sempre foi louca por animais e pela minha mãe, mas que nunca havia se envolvido com proteção animal.
Após as falsas denúncias feitas contra a minha mãe, Patrícia, a Pat como é conhecida, começou a dar uma força para minha mãe na arrecadação de fundos para seus animais. Pouco antes de minha mãe falecer, Pat, proprietária de 2 hectares de terras em Cotia, já havia transferido uma centena de cães da Chácara para seu sítio, e esperava convencer minha mãe a se mudar para lá com todos os cães. No meio do processo minha mãe se foi, e a Pat ficou com a árdua tarefa de manter os animais retirados da Chácara. Quando apareceu o Rafael e seu lindo local em Itapecerica, todos pensamos - Estes cães ganharam na loto! Sem titubear, entregamos ao Cão sem Dono, a tutela dos exatos 369 cães que permaneciam em Parelheiros. 



Prezados Aumigos e Cãolaboradores!

Como é de conhecimento de todos, já faz alguns anos que sou a captadora de recursos da Chácara dos meus Amores. Dona Jane faleceu, uma centena de animais se mudaram comigo para a Chácara de Cotia e em julho, Rafael do Cão sem Dono assumiu os quase 400 animais que estavam em Parelheiros.
Minha missão agora, no aniversário da morte da nossa querida Dona Jane, é a de comunicá-los sobre os acontecimentos deste ano que se passou.
Peço um pouco de paciência pois o texto é longo, porém esclarecedor.
Os 100 animais que saíram de Parelheiros comigo hoje somam 153. Doamos 27 dos que eram da Dona Jane e recolhemos 80. Não é uma média de fato muito boa, mas todos sabemos das dificuldades em doar cães adultos SRD, e da quantidade de animais abandonados todos os dias, principalmente após a lei Estadual que proíbe a eutanásia dos animais sadios.
Pois bem, quando O Cão sem Dono assumiu o local em Parelheiros, o fez porque estava sendo despejado do local que tinham em Itapecerica e precisava de uma nova sede. Ao mesmo tempo, aos nossos olhos, tratava-se de uma Ong mais bem estruturada, com mais colaboradores, mais voluntários, mais capacidade financeira.
Rafael Miranda assumiu nossos cães e o compromisso de reformar os canis, levar semanalmente um veterinário para atender os animais, vaciná-los, castrá-los e encaminhá-los para feirinhas de adoção.
Logo no dia em que divulgou estar assumindo nossos cães, levou material de construção para Parelheiros, tirou fotos do local sendo reformado, visitava o local três, quatro vezes por semana.
Fez propaganda em todos os meios de comunicação e começou a arrecadar fundos para estes animais.
Cerca de um mês e meio depois, conseguiu não ser despejado de Itapecerica, porém teve que cumprir exigências do CCZ de lá.
O tempo foi passando, e Rafael passava informações para a Dra. Claudia Pentiocinas, filha da Dona Jane, de que os animais estavam ótimos, sendo doados, e as obras prometidas iriam começar.
A Claudia teve um ano muito difícil com a morte da mãe, questões para resolver sobre propriedades da família, teve problemas de saúde, sofreu cirurgias, enfim, se afastou mesmo do local.
Víamos através das notícias O Cão sem Dono em Pinheirinho, socorrendo cães em outras cidades, comunidades carentes, campanhas de vacinação e castração. Qualquer um pensaria que se recursos estão sendo gastos com animais de comunidades carentes, obviamente seria porque a casa está arrumada, ou seja, os cães de Parelheiros estariam recebendo o melhor.
Nos comunicados, os cães que eram inicialmente 400, de repente se transformaram em 270. Um número considerável, se pensarmos que todos os cães da Chácara dos meus Amores herdados pelo Rafael eram adultos e SRD. Claro que muitos eram doáveis, mas 130 começou a nos parecer um número um tanto quanto exagerado.
Então, o Rafael pressionado, começou a falar em mortes por cinomose, uma coisa que nunca antes havia existido no canil. Depois começamos a ler em comunicados que esses cães haviam sido abandonados por uma “ong falida” e que passavam fome. Eu garanto a todos aqui e convoco quem nos ajudou nesses anos todos, a Paola, a minha xará Patricia Figueiredo, a Deka, a Dra. Denise Valente, a atestar que nossos animais jamais ficaram sem ração. Os apelos sempre foram atendidos, e havia dias que conseguíamos comprara a ração no final da tarde, os caseiros distribuíam a ração já no escuro, mas jamais deixamos para fazer isso no dia seguinte. Isso para a Dona Jane era inaceitável.
Eu não conseguia entender, porque o Cão sem Dono precisava desfazer de nosso trabalho para enaltecer o deles.
Há cerca de dois meses, a Claudia recebeu um apelo na internet de uma amiga, Claudia Mônaco, que pedia abrigo para um cão que havia sido atropelado e socorrido por ela emergenciamente, mas que não tinha um cantinho para se recuperar e estava na rua com a pata entalada.
Como eu estava em obras e sem espaço, e a Claudia sabia que a casa da Dona Jane estava vazia, pois o Rafael havia retirado todos os cães de dentro da casa, mandou levar esse cão para lá.
Para a surpresa da Claudia, o Rafael PROIBIU a entrada do cão, mandando deixá-lo na rua, com a pata quebrada, sob a ameaça de demitir a funcionária que recolhesse o animal.
Uma atitude um tanto estranha para quem acabara de vir de Pinheirinho onde havia muitos animais sem destino, para quem pede dinheiro para resgatar animais, para quem, posta no facebook que resgatou uma caixa de filhotes no meio da rua. Que protetor que tem espaço disponível, mesmo que precário, se recusa a acolher um animal com a pata quebrada?
Um grande parênteses me obriga claro a divulgar, que este animal foi prontamente recolhido pela ABEAC que faz um belíssimo trabalho com os cães da Marcia, ao lado da casa da Dona Jane.
Pois bem, a partir daí, a Claudia suspeitou que as coias não iam bem e começou a investigar o que estava acontecendo com os cães da Chácara assumidos pelos Rafael.
Encontrou uma colaboradora do Cão sem Dono, que nunca quis doar dinheiro diretamente ao Rafael, mas que se dispôs a construir canis em parelheiros para abrigar melhor os animais. Rafael mentiu para ela, dizendo que o terreno de Parelheiros era da Prefeitura e por isso não poderia construir no local. Convenceu a moça a construir os canis em Itapecerica com a promessa de transferir animais da Chácara para lá. Os canis ficaram prontos e a moça começou a suspetitar, pois rafael sempre enrolava e não tirava os cães de Parelheiros. Mais próxima, ela constatou que nunca um veterinário havia visitados os cães e que os mesmos não estavam vacinados. Sequer dinheiro era gasto com a compra de ração, pois os casos que chegavam em Parelheiros, eram sacos de 5Kg, 10Kg, nitidamente arrecadados durante as feiras do Cão sem Dono na Cobasi ou em outros locais.
Todos sabemos, que animais que não comem a mesma ração regularmente apresentam problemas intestinais, diarréia em função da troca constante de ração.
Os canis, todos destelhados, deixam os a nimais totalmente desprotegidos fo rio e da chuva.
Uma colaboradora, Denise Hajar, há quase um ano, ofereceu telhas para nosso abrigo e Rafael, jmais se interessou em retirá-las.
Resumidamente, se é que é possível, após tanto escrever, os animais da Dona Jane estavam completamente abandonados. Mais pressionado a dar conta dos animais que saíam de Parelheiros e não chegavam em Itapecerica, Rafael Miranda enviou para a Dra. Denise Valente, termos de doação de cães, porém, ao investigar as adoções, descobrimos que quase nenhum cão era da Chácara. Rafael nunca soube, mas na semana que a Dona Jane faleceu, o genro dela e Presidente da nossa Ong, Stefano, esteve no canil e cadastrou e fotografou todos os 298 cães do canil e os 71 cães da casa da Dona Jane. Sabemos quem são todos eles, cada animais que lá estava.
Mais pressão em cima do Rafael, e na terça-feira passada, ele estava com três carros, cheios de cães velhos, não castrados, alguns totalmente não doáveis, como a Negrona, cadela da Dona Jane que tem 11 anos, catarata e é MUITO brava, alegando que estava os encaminhando para avaliação veterinária para participarem de feirinhas.
Foi brecado pelo Stefano, obrigado a retirar os animais dos carros, e a partir daquele momento, impedido de continuar cuidando dos cães de Parelheiros.
Rafael está divulgando um espaço em Jacareí, para onde supostamente estaria levando estes cães, por ser um local com mais condições de abrigá-los. Esta colaboradora descobriu, que o local, que fica na verdade em Paraibúna, é o antigo canil Uanga, que em 2006, foi denunciado por receber dinheiro para ficar com animais e deixá-los morrer à míngua. Seus novos “associados” são os mesmos, denunciados de 2006.
Ao ser cobrado para devolver para a Chácara os cães que alega estarem em Itapecerica, Rafael disse que “precisava dar baixa” no CCZ de Itapecerica. A Dra. Denise Valente, conversou essa semana com a diretora do CCZ, que negou saber de nossos cães, disse que rafael está proibido de receber novos animais, pois foi denunciado por receber dinheiro para cuidar de cachorros e sacrificá-los ou deixá-los morrer à míngua.
Investigado por nós agora, estamos recebendo todo tipo de denúncias. Nilce do jardim dos Amiguinhos, diz que Rafael retirou cães dela para levar à adoção, mas encontrou alguns destes cães abandonados nas ruas nas imediações de seu abrigo.
Uma menina no facebook informa no dia de ontem, que viu voluntários do Cão sem Dono, abandonarem uma caixa de filhotes próximo a uma Cobasi, onde promovem feiras de adoção.
O prazo para Rafael nos informar o paradeiro dos animais que retirou da Chácara terminou ontem, sem que tenhamos tido notícias dele. A prestação de contas deve ser entregue até quarta-feira, dia 23 de maio. Completamente atônitos, estamos aguardando explicações. Quero acreditar que tudo seja um mal entendido e que Rafael tenha conseguido neste período encaminhar 180 cães de parelheiros, mas as evidências nos levam em outra direção.
Informamos a todos os colaboradores que estamos de volta no controle de Parelheiros. Peço para quem quiser voltar a ajudar, que entre em contato comigo. Peço também, encarecidamente que os colaboradores do Cão sem Dono cobrem o paradeiro de nossos animais e a prestação de contas. Quem doou dinheiro aos cães de Parelheiros, por favor, entre em contato.
Agradeço a paciência e interesse de quem conseguiu ler este email até o fim.
Boa semana!

Dona Jane, a indomável.


O aniversário de um ano da morte de minha mãe, coincidiu com a descoberta sobre a fraude do Cão sem Dono. Então, resolvi escrever um pouco sobre ela. Para que não caia no esquecimento, esta figura marcante que foi minha mãe.


Me vejo forçada a resumir a vida de uma pessoa brilhante, que merecia e terá, uma biografia publicada. Porém, a necessidade de algumas explicações, me obriga a tentar ao menos, escrever em duas páginas no máximo, o que foi a vida de minha mãe.
Jane Hegenberg nasceu Eugenia Schaffman em 1929. Filha de Alexandre Schaffman maestro, professor e violinista do Quarteto de Cordas do Teatro Municial de São Paulo e de Rosa Schaffman, uma dona de casa, se casou aos 19 anos, com Leonidas Hegenberg professor do ITA e foi morar em São José dos Campos. Se separou em meados dos anos 50, numa época em que isso era quase um crime. Foi morar numa pensão com os dois filhos pequenos, trabalhar durante o dia e estudar teatro à noite. Se formou na primeira turma da EAD, sob o comando do Professor Alfredo Mesquita. Adotou o nome artístico de Jane Hegenberg, como depois ficou conhecida para o resto da vida. Fez sucesso como atriz, era linda e talentosa. Em 1962 conheceu um jovem 9 anos mais novo que ela. Abandonou o teatro e se casou com ele. Este homem era Sergio Pentiocinas, a pior escolha da sua vida. Com ele, em 1968 teve uma filha, eu.
Neta de músico erudito e sobrinha da secretária do adido consular dos EUA, desde bem pequena eu era levada para assistir espetáculos de ballet e concertos de música clássica. Em 1976, encantada com tudo aquilo, comecei uma campanha para estudar ballet. A escola de ballet do Teatro Municipal de São Paulo, era um reduto de jovens talentos e eu, sem talento algum, consegui uma vaga para lá estudar, por conta da amizade de minha tia com Sábato Magaldi.
As aulas eram dadas na Praça Ramos de Azevedo, em um centro de São Paulo bem mais tranquilo do que o atual. Minha mãe me levava de carro, e ficava esperando a aula acabar. Neste meio tempo, pôde perceber que dezenas de gatos habitavam aquela praça. Mamães gatas com crias, gatos doentes, todos famintos. Morreu de pena e começou a levar comida para eles. Quero lembrá-los que o ano era o de 1977 e não havia ração de gatos para comprar no supermercado.
Então a Dona Jane começou a comprar sardinha na feira, cozinhar arroz e levar para distribuir aos gatos enquanto eu tinha aulas de ballet. No primeiro ano, as aulas eram às terças e quintas. No segundo, às segundas, quartas e sextas. Mas desde então, como animais se alimentam todos os dias, lá ia minha mãe para o centro, no seu chevette laranja, levar comida aos gatinhos.
Eu não tinha talento algum para o ballet, mas fui forçada a ter aulas até 1983, ano em que desenvolvi uma artirte, provavelmente para fugir daquela tortura que eram as aulas de ballet pra mim. Nessa época, embaixo de chuva, frio e tempestades, minha mãe estava lá, na praça alimentando centenas de gatos que a aguardavam ansiosamente.
Ficou conhecida na região e enfrentou todo o tipo de preconceitos. É a primeira “protetora de animais” de que se tem notícias. Tenho tantas testemunhas desta história. Para isso, o facebook é um grande conforto, posso encontrar meus amigos de infância que cresceram achando graça daquela casa na Vila Mariana de onde saíam gatos por todos os lados.
Me sinto muito à vontade em convocar minhas testemunhas para todas as fases da minha vida. Tenho a Andréa Helena Mannis Gabriel e a Ana Paula Cobucci Cirino, que certamente lembram da “louca” da Dona Jane, levando comida para os gatos. Recentemente, após 30 anos de separação, encontrei Ana Paula, que me lembrou que por mais de uma vez, foi levada pela minha mãe de carro, até o centro, para alimentar a gataiada. Mais tarde tenho a Simone Furtado, amiga que mora nos EUA há tantos anos e nem por isso menos querida, que conviveu comigo quando eu morava na mesma casa, já nos anos 80. Bom, aí temos o Antonio Matias, o Luciano Monteiro, o Olavo Aguiar, o Paulo Pacífico, o Milton Soldá, meu primeiro namorado, que acompanhou um cavalo apreendido pela minha mãe em 1983. Sem lei, sem polícia, sem Ong, sem Vereador, sem ajuda financeira, sem facebook, só ela, no meio da Rua dos Otonnis, em frente ao Clube Adamus, enfrentando o carroceiro que maltratava a égua Margarida.
Após a “apreensão”, Margarida foi “estacionada” na garagem de casa e lá passou semanas, escondida do “bicho-papão” que era meu pai, um ser que manda cortar a árvore de frente da casa dele porque os cachorros param nela para fazer xixi.
Sim, sou filha do bem e do mal. Uma mistura marcante que me transformou num ser antagônico, que defende animais, porém sem nenhuma compostura.
Mas voltando ao que interessa, Dona Jane foi convocada em 1983, pelo então Prefeito Mario Covas, a dirigir um terreno de 10 000 metros quadrados cedi do pela Prefeitura para abrigar gatos abandonados. Rapidamente o local se tornou abrigo para cães também. Engraçado lembrar disso, pois foi a maior conquista do “Movimento de Proteção Animal” até hoje e foram os próprios “protetores” que já naquela época, enebriados e engulidos por seus próprios egos, que perderam aquele espaço.
O local se chamava Praça dos Gatos e ficava às margens do Rio Tietê. Atualmente se chama “favela do gato”, vcs já sabem agora o porquê do nome.
A Praça dos Gatos chegou a brigar cerca de 1 000 gatos e 500 cachorros. Era um lugar lindo, a Prefeitura construía os canis e gatis e minha mãe bancava a alimentação. Nunca se arrecadou fundos para isso. Minha mãe bancava tudo. De vez em quando alguém deixava por lá algum animalzinho e uma contribuição, o equivalente hoje a R$ 10,00, algo assim.
Neste período que durou 10 anos, minha mãe conheceu Leda Guimarães, harpista talentosíssima, que chegou a fazer concertos em minha casa em prol dos animais abandonados. Leda tinha um terreno em Parelheiros, que chamou de Quintal de São Francisco. Sempre doente, Leda morreu prematuramente, deixando a administração de seu abrigo com Angela Caruso.
Conheceu também Cezira Rodrigues, uma senhora que na época tinha 200 cães e havia sido despejada, sei eu lá de onde. Generosa, Dona Jane deu abrigo aos cães da Cezira, tendo sido este o primeiro de seus muitos erros.
Dividindo a direção do local com minha mãe, uma advogada corrupta, esposa de um Juiz, a Dra. Neusa Rangel do Nascimento, que autenticava documentos falsos e fazia piada disso dizendo que autenticava até a pata de um gato. Tenho até hoje documentos que provam isso... sabe-se lá se terei que usá-los ou não...
A Praça dos gatos seguia um lugar lindo, de causar inveja a qualquer abrigo até hoje. Tenho poucas fotos do local, mas meu amigo Eli Kahana, de Haifa, Israel, fotografou muito aquele local, espantado durante sua volta ao mundo, sempre insistindo que não havia visto nada parecido com aquilo em suas andanças pós-serviço militar. Sabe como são os judeus, guerreiros por natureza.
O fato é que em 1992, já na administração da Luiza Erundina, na Câmara dos Vereadores, abrigo de bandidos engravatados (ok, é até hoje, sei disso...), os olhos no terreno em frente ao Clube Regatas Tietê começaram a crescer, e o então vereador Hanna Garib e mais alguns outros, difícil lembrar os nomes de tantos criminosos, iniciaram um movimento para retirar aqueles animais de lá.
Nesta época, o CCZ sacrificava os animais em uma câmara de descompressão, eram jogados lá dentro e a descompressão estourava seus pulmões. Esta prática perdurou até 2001, quando a Dra. Viviane Benini conseguiu, através de uma Ação civil Pública, impedir que continuasse.
Então para sacrificar os doentes terminais, a Neusa Rangel do Nascimento, havia conseguido junto à Liquid Carbonic um gás que sacrificava os animais de um jeito mais humano, morriam dormindo. Cosntruíram uma caixa, pequena, onde cabia no máximo um cão de grande porte, e lá, quando não havia mais salvação para o animal, eles eram colocados para dormi, sem sofrimento. Eutanásia, morte feliz!
Havia muitas divergências entre minha mãe e a tal da Cezira. Minha mãe achava que os animais precisavam de água. Cezira, que possuía um espaço cedido pela minha mãe, mas cuidava dos próprios animais, deixava seus cães sem água. Sem ração. Sim, em 1992 já havia ração... Minha mãe, entrava no local escondida e alimentava, e dava água para aqueles cães. Cezira chegava e ficava puta da vida.
Juntando a Cezira que tinha raiva da minha mãe, com a Neusa que não gostava de cachorros, só de gatos, e os vereadores, o cenário para dona Jane não era nada favorável.
Cezira, criminosa de verdade, que apenas hoje começa a pagar por seus crimes, sempre teve uma tática – a difamação. Personificação do mal, a criatura entrou durante à noite na Praça dos Gatos, matou dezenas deles e os deixou espalhados por todo o local. Entupiu a tal caixa onde eram eutanasiados os animais, sempre um de cada vez e a cada morte de Papa, fez aquilo parecer um campo de extermínio. Logo cedo, chamou a reportagem do Aqui Agora, programa sensacionalista da época.
E ali, em frente às câmeras, chegou a Dona Jane , já avisada, mas descrente, e foi ali execrada publicamente, tendo até apanhado de uma das amigas da Cezira.
Apelidada de nazista, a judia cuja família havia fugido da Europa durante aa segunda guerra, precisou de guarda- costas para se proteger de um povo maluco, que não sabia porquê, queria matá-la!
Rapidamente, aproveitando o gancho, o então Prefeito Paulo Maluf, aquele, que hoje é deputado federal procurado pela Interpol, mandou demolir o local, que era lindo, repleto de canis, num terreno plano, enorme, onde os animais todos eram felizes!
Já tínhamos um Roberto Tripoli na Câmara dos Vereadores. Eu, com toda sinceridade, não sei onde ele esteve durante este episódio. Apenas constato sua presença através de sua biografia. Ele era o defensor dos animais na Câmara.
Essa confusão toda levou anos para acabar, pois lembro que os animais saíram da Praça dos Gatos e foram direto para o terreno na Chácara Santo Amaro, e lá, chegram em 1996.
Um amigo de minha mãe, Angelo (não sei o sobrenome), comprou o primeiro terreno em um local completamente distante da civilização.
Lá nesceu a Chácara dos meus Amores. Daí pra frente há muitas versões para a mesma história. Há quem diga que tentou ajudar, mas minha mãe negou. Há quem diga que era impossível ficar perto, pois ela queria tudo absolutamente do seu jeito.
A verdade é que minha mãe sempre foi uma pessoa difícil, voluntariosa, controladora. A típica mãe judia. E provavelmente, escaldada pelos acontecimentos, não deve ter deixado muita gente dar palpite mesmo.
Já sem muito dinheiro, construiu canis e abrigou bem seus animais. Doava muitos animais, recolhia outros tantos e os anos foram se passando.
Eu, pasma com o que haviam feito com ela, queria entender muito a questão do direito dos homens e aos 29 anos, entrei na faculdade de direito. Fiz lá, os 5 anos e passei no tal exame da OAB. Durante a faculdade fundei uma Ong com mais dois amigos de faculdade, Dr. Adriano Mendes, que se tornou um advogado de sucesso, e José Rubens Domingues Filho, que nunca foi advogado, e se tornou um político de sucesso. Demos à entidade o nome dela e a ajudamos a captar recursos. Em 2002, uma equivocada política pública quis desalojar os já quase 700 cães e enviá-los para a morte no CCZ. Com uma liminar conquistada pelo inexperiente, mas impecável recém formado Adriano Mendes, impedimos a matança e nos tranquilizamos.
Já com mais de 70 anos, minha mãe sempre me assombrou com a idéia de herdar aquela cachorrada toda que ela ajudava. O que fazer? Como mantê-los? Por que?
Fui me embrenhando cada vez mais na causa, acreditando que políticas públicas eram a salvação. Sem nenhum ego inflamado, crescida com a filosofia transmitida pela minha mãe, que acreditava que toda caridade é anônima, e que o resto é vaidade, eu jamis poderia ser candidata a algum cargo público. Mas, como advogada, fui lá tentar mudar o mundo da minha maneira. Apareceu uma oportunidade de trabalhar ao lado do inexperiente Aurélio Miguel, judoca que sempre admirei, e que por um acaso do destino, foi levado a carregar a bandeira de “protetor de animais.”.
Em um ano trabalhando como assessora parlamentar, presenciei todo o tipo de podridão, daquelas que lemos todos os dias nos jornais, sabemos que existe, mas viramos a cara impotentes, conformados. Funcionários, fantasmas em absolutamente todos os gabinetes, propinas, acordos, votações em que os assuntos discutidos são o que menos importa. Egos inflamados, poder, traição, cara de pau. Ah, quanta cara de pau! O que vou dizer não é novidade alguma, todos sabemos, apenas nos conformamos com isso. Não há saída para nossa política, a menos que desmantelássemos a quadrilha, o que significa em tese, não reeleger NENHUM político, colocar no poder técnicos nas diversas áreas necessárias, dispostos a ganhar salário mínimo, que tivessem emprego no setor privado e concordassem em doar dois dias por semana de seu tempo em prol da comunidade.Utópico? Pode ser, mas seria uma saída. Porque vamos combinar, nenhum político trabalha mais do que 16 horas semanais.
Mas voltando à “proteção animal”, o ano era 2007, e enquanto estava eu exercendo minha função de assessora parlamentar especializada em animais, (kkkkkk, isso existe?), recebi no gabinete a visita do Dr. Saulo e um sobrenome imenso do qual com sinceridade não me lembro. E lá estava na minha frente, um advogado apaixonado por animais, ex colaborador de um abrigo chamado Paraiso dos Animais de São Francisco de Assis, denunciando atrocidades e sua dirigente. Cezira Rodrigues. Sim! Aquela que havia armado a “presepada” contra minha mãe nos idos de 1993. Eu hein??? Um dossiê de centenas de páginas, que provava sem sombra de dúvidas, que a tal mulher, torturava e assassinava cães por anos a fio.
Para o grande público entender, foi como ser o atacante no jogo de futebol, e ver que a bola está lá, aos seus pés, na cara do gol e você só tem que chutar! E foi o que eu fiz. Escrevi uma petição de cinco páginas, juntei tudo aquilo e consegui uma ordem liminar que interditou o local. O chefe de gabinete do Aurélio Miguel, José Jantália, vibrou, deitou, rolou, chamou a Rede Record, filmou a interdição, faturou horrores junto ao “movimento de proteção animal”, conseguiu uns 10 mil eleitores a mais para o vereador e , de certa forma, assumiu os cães lhes prestando socorro e a ajuda necessária com alimentação e atendimento veterinário. No local, um estupefato Aurélio Miguel, viu com seus próprios olhos, centenas de carcaças de cachorros, acondicionadas em gigantescas caixas d´agua.
Depois disso, a vida de minha mãe, que nada tinha a ver com isso, se transformou em um inferno. A tal Cezira, acreditando se tratar de uma vingança por conta de 1993, decidiu acabar com a Dona Jane da única maneira que conhecia, difamando-a. E assim foi. Por anos esta criatura “denunciou” A Chácara dos Amores da minha mãe, forjando fotos, plantando animais mortos na porta do local, passando dias, semanas, meses em delegacias e órgãos públicos. Contou coma ajuda valiosa de algumas pessoas com as quais bati de frente em meu único , porém animadíssimo ano como Assessora Parlamentar de Vereador.
Para se ter uma idéia, até em uma CPI que investigada grandes geradores de poluição, tipo, a Coca-Cola, lá estávamos eu e minha mãe. A Chácara dos meus Amores se transformou na Chácara dos Horrores, as contribuições que complementavam a renda dos animais deixaram de existir, e o local foi ficando cada vez mais precário, onde não se conseguia dinheiro suficiente para a manutenção do espaço, e se conseguiu, graças a amigos fiéis e os poucos colaboradores que conheciam o nosso trabalho, alimentar e prestar socorro veterinário aos cães. Graças a isso, nenhum animal ali jamais padeceu de fome ou doença.
Em 2009, Cezira, e sua fiel escudeira, Denise Telles, conseguiram através dos tão conhecidos erros do judiciário, apreender 32 animais da chácara e encaminhá-los ao CCZ. Crueldade jamais vista feita a esses animais, conseguimos, com a ajuda da Lilian Rockenbach, do Feliciano Filho, Aurélio Miguel, Luiz Scalea e o definitivo ponto final dado pelo meu marido, companheiro de luta e guerrilheiro Stefano Colaiori, libertar os animais 45 dias depois. Milhares saíram às ruas com a bandeira CCZ ou muda ou fecha, e o débil mental-diretor do local, foi deposto.
Dona Jane, que se imporatva tanto com a sua imagem quanto nossos cães entendem de política, se sentia feliz de ter ajudado a tirar o nefasto do posto e sempre dizia que “essas coisas sempre acontecem com a gente mesmo”. Fazendo menção a todas as mudanças que ela havia iniciado, desde o cabelo cor de rosa dela e da Dercy Gonçalves nos anos 60, até enfim, a mudança do tal diretor. No meio disso, 50 anos de histórias, que dariam e darão um livro, mas que neste momento não cabem nas poucas linhas que pretendia escrever, e que já somam 4 páginas que provavelmente quase ninguém conseguirá ler.
Não foi nada disso que matou a Dona Jane. Ela odiava velhos e eu dizia, mas vc é velha! E ela respondia, - Por isso, me odeio!
Altiva e independente, Eugenia Schaffman, a Dona Jane, jamais se conformou com limites. As limitações da idade começaram a incomodá-la e nos últimos meses ela não podia mais dirigir, nem carregar peso, cuidava dos animais com dificuldades e resistia bravamente a uma campanha minha para que viesse morar comigo e largasse os cães que tanto amava. Ninguém mais tinha qualidade de vida, nem eles, nem ela, porém, seu desejo era ficar com eles até a morte, morrer no meio deles. E assim foi. Em 8 de maio, em pleno dia das mães, minha mãe conversou com os três filhos durante o dia, e provavelmente por volta das 18:00hs, sofreu um AVC no jardim, no meio dos cães, e lá ficou caída, protegida por eles, que se deitaram em volta dela e a aqueceram até que o socorro chegasse, quase 6 horas depois. Na UTI, passou 11 dias, vindo a falecer em 19 de maio de 2011.

O início da descoberta.


Esta era digital na qual vivemos, é inovadora, perigosa, nos deixa vulneráveis e expostos.
Cabe a cada um de nós proteger informações pessoais, proteger nossas famílias, nossa intimidade.
Mas quando se trata de informações de interesse público, como as de Organizações não Governamentais, que pedem dinheiro para causas sociais e não possuem fins lucrativos, a internet é uma arma poderosa, e todas suas ferramentas podem e devem ser utilizadas em favor da sociedade, na busca da verdade e da justiça.
Rafael Rodrigues Miranda é o Presidente da ONG Cão sem Dono.
Desde o ano de 2005, quando surgiu entre protetores de animais, vem divulgando e arrecadando fundos para diversas causas. 
Pede dinheiro para protetores velhinhos que tem abrigos humildes, para ajudar cães desabrigados por catástrofes naturais, promove eventos, angaria fundos.
Quando foi visto pela primeira vez "ajudando" animais, Rafael se utilizava de transporte público e residia em um quarto e sala no centro da cidade.
Em sete anos, podemos ver Rafael dirigindo carros importados e morando em uma residência confortável na Planalto Paulista.
O que teria acontecido com Rafael? Que milagre teria feito, um humilde militante da causa animal, que ao se deparar com o abandono e a necessidade dos animais, prospera em sua vida pessoal, ao invés, de seguindo o exemplo de todos que colocam a mão na massa nesta causa sem fim,  atolar-se em dívidas com ração, veterinários e resgates, comprometendo sempre o patrimônio pessoal?
Outra pergunta que não quer calar. Como Rafael Miranda consegue doar em média, 100 cachorros SRD adultos mensalmente? Onde estão estes adotantes que só Rafael encontra?
Para todas estas perguntas e muito mais, encontre aqui as respostas.