quarta-feira, 4 de julho de 2012

Somos todos idiotas???



Estou devendo posts sobre este assunto, mas o fato é que trabalho como qualquer outro ser humano decente e normal e tenho tido pouco tempo para este blog.
Mas hoje me chegou um email que é impossível de não ser comentado.
Mais uma vez aos incrédulos.
O CSD gasta R$ 5 600,00 para fazer duas feirinhas de adoção na Cobasi?
E R$ 2 000,00 por mês de advogado que por acaso é a mãe dele?
E R$ 5 200,00 de veterinários?
E agora são 201 animais, a quantidade de cães é alterada todos os dias. 
E pelas contas de hoje cada cão sem dono custa R$ 190,00 por mês. Bom, não é necessário ter um abrigo para saber que um cão não custa isso mensalmente. Quem tem um cão? UM cão? 
Quanto custa a manutenção de um cão com dono?
Segue o email abaixo enviado pelo Rafael e a pergunta que não quer calar - Somos todos idiotas?
Rafael, vai se preparando porque vc vai ter que provar na Justiça com notas fiscais estes seus gastos. 


Hoje estamos iniciando mais um mês no Cão Sem Dono e precisando da ajuda e colaboração de cada um de vocês, para seguir cuidando de nossos animais, oferecendo qualidade de vida a eles, até que consigam uma familia. Sua ajuda é fundamental para a continuidade de nosso trabalho. Segue abaixo relação de nossas despesas para esse mês.

Quem puder ajudar eu agradeço de coração hoje são 201 animais precisando de sua colaboração.
Despesas previstas para o mês de Julho.
Ração para 30 dias R$ 7.800,00
Material de limpeza R$ 600,00 (saco de lixo, álcool, desinfetante, sabão, papel toalha, luva, papel higienico e sabonete).
Material de escritório R$ 223,00 (papel sulfite, tinta para impressora, envelopes, cola, prancheta, caneta, fita adesiva).
Salário dos funcionários R$ 6.600,00 (salario dos funcionários).
Veterinários R$ 5.200,00 (Veterinária do Cão Sem Dono e procedimentos em clinicas particulares)
Luz R$ 389,00
Telefone R$ 991,00
Combustível R$ 2.770,00 (retirada de doações, transporte dos mantimentos para os sítios Cão Sem Dono, resgates, transporte dos animais para clinica veterinaria e tratamentos).
Manutenção do sitio R$ 1.150,00 (compra de material e manutenção).
Feira de adoção R$ 5.600,00 (funcionários que trabalham nas feiras, despesa de combustível, material de feiras e banho e tosa dos cães. Feiras Cobasi Morumbi e Brooklin).
Contador R$ 823,00 (fatura deste mês e mês passado que não foi paga)
Prestação de nossa fiorino R$ 958,00
Advogado R$ 2.000,00 (está cuidando da documentação do CSD com a prefeitura de Itapecerica da Serra e fazendo a nossa defesa junto ao CCZ de Itapecerica).
Rescisão de contrato de funcionário CSD R$ 3.355,00
Locaweb servidor de e-mails: R$ 183,00
Total de despesas R$ 38.642,00
Quem puder ajudar: Bradesco: ag: 1480 conta corrente: 39641-9 ou Itau: ag: 7847 conta corrente: 01301-3 Favorecido: Cão Sem Dono CNPJ: 10157938/0001-73
Conto com a ajuda de vocês.
Uma boa semana a todos
-- 
Rafael R MirandaEquipe Cão Sem Dono
Tel. (11) 3978-3434                     


quarta-feira, 20 de junho de 2012

O modus operandi do estelionato.

Eu vou bater nesta tecla de estelionato, porque é por este crime que Rafael Miranda é investigado há mais de um ano e é por ele que quero vê-lo condenado.
Claro, maus tratos a animais.
Mas vejam, o crime reiterado é sempre o de estelionato. Enganar, ludibriar pessoas.
Infelizmente quem está lendo este blog e achando que tudo o que está relatado aqui é mentira, está sendo enganado.
Hoje recebi tantos emails me falando deste caso do Batista que me senti na obrigação de comentá-lo.
Desde que começou a enganar boas almas que se importam com animais, Rafael Miranda faz a mesma coisa. Procura alguém que precisa de ajuda, faz campanha de marketing, recebe dinheiro destinado aos animais que precisam e embolsa o dinheiro. Não repassa para os necessitados.
Fez isso inúmeras vezes. Com esse pobre Batista, com a Dona Angela dos gatos a Nilce do Jardim dos Amiguinhos, Pinheirinho, Petrópolis. Todos tem histórias para contar, todos vítimas.
Ameaçados quando cobraram seus direitos, são pessoas humildes que não tem condições de brigar com uma entidade que aparenta grandeza e assusta.
Acaba a farsa, as máscaras caem.
A história colo abaixo. Os cães do Batista hoje estão em estado de sofrimento e o Cão sem Dono pede dinheiro para ele em 2009 prometendo cuidar dos animais. O que NUNCA fez. Como na chácara da minha mãe. 





Email do Rafael em 2009 pedindo ajuda ao pobre Batista. Tudo mentira. Talvez um cão tenha sido doado no Rio de Janeiro. Faz parte do marketing.



E Rafael agradece a Deus... covarde!





E agradece em nome dos animais e isso eu não vou deixar! Leiam o que estou escrevendo. Rafael Miranda vai ser punido e quando estiver perto disso acontecer
ele vai fugir. Porque é covarde. 









segunda-feira, 11 de junho de 2012

O estelionato e a dor de ter sido enganada.


Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa.

"Nós já vimos de tudo no Brasil. Ou quase tudo. Falso médico. Falso advogado. Falso policial. Falso dentista. Falso empresário. Falso sequestro. Bilhete premiado falso da loteria e falso empréstimo.
O crime de estelionato, previsto no art. 171 do Código Penal Brasileiro, seguiu, no Brasil, a fórmula folclórica surgida no antigo Império Romano: “stelionatus”, em decorrência de um lagarto (stellio) que é semelhante ao atual camaleão, haja vista ter desenvolvido a capacidade de se camuflar e mudar de cor conforme o ambiente em que se encontra.
O grande problema é que a pena do estelionato, de acordo com o nosso estatuto penal, é de no máximo cinco anos. Entretanto, se o estelionatário é primário, e é de pequeno valor o prejuízo, a pena poderá, a critério do juiz, ser substituída de pena de reclusão para a de detenção."
Dr. Marcos Pereira

Depois que criei este blog, com o intuito não apenas de alertar as pessoas, mas com o claro objetivo de interagir com outros que se sentiram lesados pela Ong Cão sem Dono, percebi que a maior dificuldade que as pessoas tem, é a de admitir que foram feitas de bobas. Principalmente neste caso, em que as pessoas acreditam piamente que os animais estão sendo beneficiados. Visitam o abrigo e acham bonito, assistem videos bonitos produzidos pela entidade, lêem revistas e vêem fotos de eventos, de feiras de adoção.
É por isso que este é um caso de estelionato bem armado, que envolve bastante gente e bastante dinheiro.
Não tenho medo de denunciar, não tenho medo de ser processada por calúnia, difamação. Porque estou escrevendo a verdade e tenho como provar.
Se compartilho de algo com as pessoas que se surpreendem com este crime e que tem dificuldades em aceitá-lo, é a indignação. E a dor de ter sido enganada. NINGUÉM mais que eu, gostaria que tudo isso não fosse verdade. Escolhi muito mal em quem confiar, isso dói.
A partir de agora, não vou mais postar nada além de cópias de processos e investigações que já estão em andamento e que foram iniciadas bem antes de eu descobrir que também fui enganada. E claro,  os processos novos que vierem após o que eu mesma descobri...





quinta-feira, 7 de junho de 2012

Delapidação de patrimônio.

É público o fato de que minha mãe gastou todo seu dinheiro com os animais. E me criou desprendida das coisas materiais como ela. O mesmo não acontece com meus dois irmãos. Provavelmente porque nasci com uma diferença de dezesseis anos do mais velho. Ela se aperfeiçoou na criação.
Como é evidente que a melhor defesa é o ataque,  em algum momento a diretoria do Cão sem Dono sugeriu que eu pudesse estar pretendendo obter vantagens financeiras com esta situação.
Vamos então recorrer à matemática para esclarecer alguns fatos. 
Desde 1982, Eugenia Schaffman, a Dona Jane aplicou a maior parte de seu dinheiro em animais abandonados. Grandes prejuízos financeiros podem ser apontados nesta saga de Dona Jane e a proteção animal.
Vendeu um apartamento nos jardins, uma casa em Perdizes, exatamente em frente à PUC, para manter os animais.
Comprou uma chácara em Parelheiros, mais dois terrenos. Preencheu todos os espaços possíveis de cachorros e se entrincheirou no meio deles. 
Neste meio tempo, por conta de abrigar cães, ela vendeu as jóias da família judia da qual descendemos, destruiu uma casa de minha propriedade avaliada em hum milhão de reais, que custou ao meu irmão mais velho, duzentos mil para consertar. A casa da Capitão Macedo também foi consumida por cachorros, este é prejuízo do meu primo e ainda não foi avaliado.
Quando digo destruir, quero dizer o que todos sabem. Cachorros roem batentes de portas, cavam buracos nas paredes, destroem tudo.
Dona Jane não era uma colecionadora, pois queria doar todos os animais que tinha sob sua guarda, só não conseguia fazê-lo na mesma velocidade que os acolhia, e não acolhê-los não passava pela sua cabeça. Ela não conhecia limites!
Foi dona de uma escola de idiomas até o plano Collor, cujo lucro sustentou mil gatos e quinhentos cachorros por 10 anos.
Quando morreu, minha mãe ainda gastava todo o dinheiro que ganhava dos filhos para cuidar de cachorros. 
Patrimônio não brota, tem procedência, como pessoas. Espero que os diretores do Cão sem Dono também tenham procedência.
Assisti minha mãe delapidar seu patrimônio durante 30 anos.
Os terrenos onde estão os cães e a chácara onde minha mãe morava somam uns R$ 250.000,00. Eu pago aluguel, de onde moro, do carro que dirijo.
Se eu não me preocupasse  com os cachorros, não precisaria dar golpes para ganhar proveito financeiro. Eu entregaria os cães para o CCZ, que possui o dever legal de cuidar destes animais, mas não o exerce, e venderia as propriedades, compraria uma casa e um carro e pararia de gastar dinheiro com aluguel.
Meu marido é designer gráfico e eu sou advogada, é disso que vivemos.
Ah, em 2010 vendi meu sandero 2009 quitado para pagar dívidas de minha mãe relacionadas aos cães.
Enfim, este é o  panorama patrimonial da Associação Eugenia Schaffman, a Dona Jane, que faleceu deixando exatos 369 cães. 
Um mês após a sua morte o Cão sem Dono assumiu o local, não porque estivesse abandonado, mas porque, eu sempre busquei duas coisas, uma condição melhor para os animais da minha mãe, e distanciamento deles. Eu não quero me promover às custas dos cachorros, não quero viver às custas dos cachorros, não quero ser protetora de animais, não quero nada disso! Eu vivi 42 anos da minha vida só pensando e me preocupando com cachorros e após a morte da minha mãe quero e tenho direito de sair disso. Foi o que fiz ao confiar estes cães ao Cão sem Dono, foi o que fiz ao não contestar a Ação da prefeitura que pretendia "tutelar" estes animais e é o que estou fazendo mais uma vez ao transferir a tutela desses animais temporariamente à ABEAC e posteriormente à Diana Bueno, colaboradora do Cão sem Dono que esteve por perto e começou a perceber o desaparecimento dos cães.
Mas tem uma coisa que preciso saber antes, para poder ficar em paz com a minha decisão.
A ABEAC contou 162 cães no canil e 35 na chácara da minha mãe. Então, pergunto - ONDE ESTÃO OS OUTROS CÃES????















quarta-feira, 6 de junho de 2012

A resposta à carta do Cão sem Dono


Hoje depois de mais de 15 dias sem explicar o que fizeram com os cachorros de parelheiros e com o dinheiro que receberam para cuidar deles, o Cão sem Dono enviou um email explicativo, cheio de bobagens e sem nenhuma explicação.
Continuo aguardando que respondam uma simples pergunta : ONDE ESTÃO OS CÃES?

Abaixo, minha resposta e para quem não leu, o email enviado pelo Cão sem Dono.



Aos srs. Valéria, Vicente, Rafael e toda a equipe Cão sem Dono.


Reconheço que os srs. são muito bons de mídia e aparentemente muito bons em usar a tática de "atacar para se defender".
A Associação Eugenia Schaffman existe juridiciamente há 12 anos e de maneira informal, há 40 anos, bem antes sequer de Rafael Miranda nascer.
Não existe "tal" Chácara dos meus Amores. Existe a "dona Jane", ícone da proteção animal, quer queiram vcs, quer não. 
Com todo respeito, quem nunca ouviu falar dela, não pode dizer conhecer o Movimento de Proteção Animal profundamente.
Longe de estar em campanha de difamação contra a ONG Cão sem Dono, ou de querer me auto promover, o que para quem me conhece soa ridículo,busco a verdade que vcs não são capazes de fornecer.
Distante de estar me atendo a escrever em blogs, todas as providências legais sobre este caso estão sendo tomadas, porém só vêem a engrossar investigações que estão sendo feitas pela polícia, vez que minhas denúncias não apenas não são infundadas, como se consubstanciam em  dezenas de outras pessoas e entidades lesadas que já me procuraram.
É fato que algumas relatam que foram ameaçadas até de morte por Rafael Rodriguez Miranda, caso não parassem de investigar um caso aqui, outro ali.
Aparentemente o depto jurídico da ONG Cão sem Dono tem bastante trabalho no sentido de intimidar quem quer que se apresente contra tão afamada ONG.
Esquecem-se de contar o que todos devem lembrar, que em março de 2012 quando "apresentaram" a "tal Chácara dos meus Amores", já estavam arrecadando dinheiro para a manutenção do local há exatos nove meses. Se aqueles animais estavam em mal estado de saúde, foi por culpa do próprio Cão sem Dono que passou nove meses sem fornecer socorro veterinário a animais que antes da entrada do Cão sem Dono, não passavam sequer um mês sem consulta ao veterinário, Dr. Alcione Silva que pode ser contatado a qualquer momento.
Quero saber onde estavam as veterinárias do Cão sem Dono durante estes nove meses.
Vocês atendem e trabalham em conjunto com prefeituras atendendo em dois dias 700 animais e não conseguiram em nove meses vacinar e castrar os 300 animais de parelheiros?
É uma piada? Acham que as pessoas não lêem o que vcs escrevem? Que nunca terão que provar o que alegam?
Esquecem-se também  de mencionar, que estão faltando 159 cachorros de parelheiros desde que assumiram o local e que este "ataque megalomaníaco" que estou tendo, começou APÓS o término do prazo que o próprio sr. Rafael Miranda estipulou  para apontar o paradeiro destes animais e apresentar a prestação de contas e se furtou destas explicações.
Da insinuação de que posso pretender obter vantagem financeira com isso, parece estranha, diante do fato de que todos sabem que é a ABEAC que está cuidando dos animais.
Não pretendo fazer cuidar de cães a minha vida, essa era a vida de minha mãe e minha responsabilidade era a de encontrar quem estivesse disposto a dar continuidade ao trabalho dela e foi por isso que escolhi o Cão sem Dono. Mas descobri neste tempo, que vcs são uma farsa.
Utilizam o canil de Itapecerica da Serra como vitrine e não estendem o devido tratamento a todos os cães que divulgam e alegam recolher.
Incapazes de demonstrar o que fizeram com os animais de minha mãe, decidem atacar!
Nenhuma explicação, apenas irão processar todos e mostram títulos.
Com relação aos títulos em que se escoram, cuidado!
Pois na ausência de uma explicação, que estou pedindo publicamente desde que vcs, sem resposta começaram a se sentir ofendidos, vou procurar a Pedigree para me auxiliar a conseguir a informação de que tanto preciso, O PARADEIRO DOS CÃES.
Quanto ao Movimento Crueldade nunca Mais, trata-se de um movimento aberto, criado por todos, sem dono, sem créditos, PORÉM, se se faz necessário para vocês, vou contatar os coordenadores do movimento e buscar neles aval para as ações da ONG Cão sem Dono.
Tenho um pressentimento de que este apoio de que vcs precisam  neste momento, em que não conseguem simplesmente APONTAR O PARADEIRO DOS CÃES, não virá como imaginam.
Contrário do que pensam, este movimento de proteção aos animais, se importa com os animais.
E prestem atenção! Não são forças ocultas, não são protetores de animais, não são megalomaníacos querendo aparecer.
Sou eu, com nome e sobrenome,  a Claudia Pentiocinas Colaiori, com profissão, a de advogada, com uma causa , a de descobrir o que vcs fizeram com os cachorros da minha mãe, A DONA JANE. Espero que tenha ficado bastante claro, quando forem se referir ao blog que criei, devidamente assinado, por alguém que entende de leis, e que não tem medo de vocês!
Visite :



 
A INTERNET, COMO O PAPEL, REALMENTE ACEITA TUDO, ATÉ FALSOS PROTETORES DE ANIMAIS
Como muita gente já deve saber, de uns dias para cá estamos sendo alvo de ataques doentios de um grupo de pessoas que se autodenominam “protetores de animais”.
Sem entrar em méritos detalhados nesta introdução, já que seriam necessários vários parágrafos, entendemos que tudo o que essas pessoas querem mesmo é aparecer de alguma forma. Talvez precisem disso para sobreviver ao ostracismo de suas vidas pouco produtivas. São megalomaníacas e se julgam acima da lei e da ordem. Acham-se Deuses, ou Deusas, e por isso acreditam que nunca serão punidas por crimes que julgam e juram jamais terem cometido. Doce ilusão.
Que outra motivação teriam que não financeira? Afinal tiveram a preocupação de pedir em seus e-mails e publicações para não mais ajudarem nossos animais, e sim a outros, os deles próprios, claro, esquecendo-se que cuidamos de 195 cães todos os dias e sem nunca tê-los abandonado, nem nos piores momentos pelos quais já passamos. 
Interessante é que até agora, essas mesmas pessoas, não conseguiram dar provas concretas do que tanto bradam por aí através de e-mails, postagens no Facebook, Blogs, etc.  É tudo na base do “alguém disse” ou “falaram que”. Perdem-se em suas acusações. Uma hora é isso, outra é aquilo. Só o que mostraram até agora é o que já apresentamos no mês de março de 2012, quando abrimos as portas da tal “Chácara dos Meus Amores” para mais de 30 pessoas, dentre elas vários veterinários, inclusive através de convite público feito aqui neste espaço, em nosso site, Twitter e outras publicações. Se estivéssemos preocupados em esconder algo, jamais faríamos isso. Os que nos acusam não apareceram por lá. Porque será?
Vale lembrar que todas as nossas ações são registradas através de documentos, fotos e vídeos, além de divulgarmos amplamente na internet. Nunca escondemos, por exemplo, o fato de que os animais da tal Chácara precisavam de ajuda, que ali sempre foi um local insalubre, péssimo para os animais e que tudo o que estávamos conseguindo fazer por eles era sustenta-los. Nossos vídeos no Youtube comprovam isso. Nossas publicações também. No documento constante do link anexo poderão confirmar tudo o que falamos.
Acusam-nos também de farsa. Se fossemos uma “farsa” como dizem os que ganham escaras na frente do computador não teríamos tirado das ruas centenas e centenas de animais nesses anos todos. Também não teríamos encontrado um lar para eles. Além disso, já salvamos centenas de animais que estavam à beira da morte, inclusive muitos gatos.  Ajudamos vários abrigos, etc..etc..etc.. E quem nos acusa? Que histórico têm? O que já fizeram mesmo? Onde cuidam de seus animais? Que endereços têm?  O que fazem da vida? 
Como se não bastasse, se fossemos mesmo uma “farsa” não seríamos convidados pela Prefeitura de São Paulo para a realização de mutirões onde atendemos em 2 (dois) dias mais de 700 (setecentos) animais, muitos deles levados gratuitamente a clínicas para exames e cirurgias; não seríamos convidados também por tantas outras prefeituras;  não constaríamos de folheto impresso pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente em campanha contra o abandono de animais em parques públicos; não faríamos parte do Movimento Crueldade Nunca Mais, formado por pessoas sérias na proteção animal; não seríamos reconhecidos pela Pedigree como uma das 7 (sete) melhores ONGs em 2011. Também e também...ufa..e poderíamos ficar aqui escrevendo laudas e laudas sobre o que somos e o que fazemos ou já fizemos, mas isso acabaria incomodando muita gente e provocaria ainda mais a ira dos inconformados.  Vamos poupá-los disso.
Muitos nos acusaram de estarmos “calados” ou em “silencio”.  Todo dia recebemos mensagens assim. Provocam-nos a responder e entrar no jogo do bate-boca, mas procuramos até agora usar do bom senso. A eles, pronto. Não estamos mais calados. Mudou algo do que pensam a nosso respeito? Ou será que só querem o embate, pois se deliciam em assistir de camarote o circo pegar fogo, pouco se importando se por trás da telinha existir seres humanos normais, com filhos, família, trabalho, animais. Querem uma crucificação para satisfazer seus desejos mais íntimos, não importando se o crucificado é ou não culpado. Alguns adoram agir como Pilatos, lavando suas mãos. 
Enfim, para não nos estender mais, enfrentaremos todos os que nos difamam onde é lugar para isso, na JUSTIÇA. Não o faremos com suposições, meias palavras ou denúncias vazias, muito menos com ofensas ou baixarias como alguns adoram e estão torcendo.  Usaremos os meios legais e de forma consciente, pois não somos feitos do mesmo barro que eles. O nosso é mais nobre.
Para quem não nos conhece, ou a nosso trabalho e aos nossos animais, fica o convite: antes de julgarem, nos visitem. Temos telefone e endereços fixos e nossas portas sempre estiveram e estarão abertas.
Agora, O QUE MAIS IMPORTA PARA MUITOS, e para prestar alguns esclarecimentos que julgamos ser necessário, convidamos a acessarem o link: http://www.slideshare.net/caosemdono/a-quem-possa-interessar
 
Também encaminhamos anexo.
Cordialmente,
ONG Cão Sem Dono 
-- 

terça-feira, 5 de junho de 2012

Em busca dos veterinários do Cão sem Dono.

A Ong Cão sem Dono assumiu os cães da chácara de parelheiros em junho de 2011.
Publicamente, para todos saberem, começou a fazer campanhas de arrecadação de fundos dez minutos após sua entrada na chácara. Rafael Miranda levou material de construção e fotografou o início das obras.
Depois disso, ele "participou" de inúmeros resgates, campanhas de esterilização, vacinação e afins. Tudo devidamente documentado por fotógrafos voluntários.
Durante todo esse tempo, precisamente onze meses, um corpo clínico de veterinários sempre esteve na folha de pagamento desta entidade. Aparecem na Revista eletrônica, em sua 3ª edição. Uma beleza!
Pergunta - Onde estão os veterinários do Cão sem Dono que não estavam prestando socorro veterinário aos cães de parelheiros?????
Temos dois nomes portanto, vamos começar com eles.
São veterinárias da Ong Cão sem Dono, as Dras. Fernanda Ribeiro e  Paloma Cadenazzi.
Gostaria aqui de perguntar a elas, enfim... ONDE ESTÃO OS CÃES DE PARELHEIROS?????
Porque na capa da revista de março de 2012, eles eram  mais de 250 e no final de maio, a ABEAC contou 160...
Como veterinárias responsáveis da Ong, essas duas profissionais devem ter examinado todos os cães, cadastrado, vermifugado e vacinado os mais de 250. Os que foram doados devem ter sido castrados...
As veterinárias deverão responder na justiça, mas podem fazê-lo a qualquer tempo, afinal de contas, quem não deve, não teme!
Me digam, dras. Fernanda e Paloma, uma Ong com prêmios internacionais, que está o tempo todo na mídia mostrando seu trabalho, OBVIAMENTE tem o controle dos animais que estão sob sua responsabilidade e pode e deve apontar seu paradeiro, certo?
Caso ainda haja quem defenda esta entidade, por favor, nos ajude e pergunte a qualquer diretor da Ong Cão sem Dono... ONDE ESTÃO OS NOSSOS CÃES????


domingo, 3 de junho de 2012

Guerra, inJustiça e a piada do judeu.

Alguém pergunta se estou em guerra com a Ong Cão sem dono.
Guerra? Não, não estou em guerra. Na guerra somos treinados para matar, e a esta altura Rafael Rodriguez Miranda já estaria morto.
Estou em busca de Justiça para uma centena de cães.
É verdade que a Justiça em nosso país é lenta e as punições são meio ridículas. Muitas vezes decisões de juízes singulares parecem uma piada e os recursos ao TJ são demorados e suas decisões às vezes InJustas. Mas como advogada, quero crer que ainda há Justiça em nosso país. Sempre que precisei dela, tardou mas não falhou. Concordo que a Justiça que tarda já é falha, mas este é um capítulo à parte.
O advogado  Rogério Ferreira Gonçalves, escreve para mim, reclamando que a questão entre o Cão sem Dono e a Ong que leva o nome de minha mãe, é particular.
Como se fosse um contrato firmado entre partes e que precisasse ser executado judicialmente.
Acredita o nobre colega, que uma entidade de proteção aos animais, sem fins lucrativos, conhecida nacionalmente, inserida na mídia, que recebe milhares e milhares de reais mensalmente em nome de tomar conta de cães sem dono, não deve explicações públicas. Defende que este assunto deva ser tratado em particular, sustentando o argumento de que quem perdem são os animais.
Tenho dificuldades em entender isso, uma vez que estou aqui provando meu ponto ao acusar esta entidade de receber dinheiro em nome de ANIMAIS, não repassar este dinheiro aos ANIMAIS e desaparecer com estes ANIMAIS. Não há suficiente envolvimento de animais para ele?
Ao invés de se defender e informar onde estão os cães, a entidade acusada se pronuncia após um silêncio orientado pelo "depto. jurídico" e ataca prometendo processar seus "acusadores". Já é suspeito por si só o fato de contarem com depto. jurídico pronto para acusar, mas reticente em dar uma explicação plausível para o sumiço dos cães.
Bem, quem acusa sou eu! Não sei porque os membros da entidade em questão ignoram meu nome e se referem a este caso como se estivessem sofrendo ataques de forças ocultas. Provavelmente para fazer o que fazem de melhor, distorcer a realidade para confundir os de boa-fé que acreditam contribuir para um sério trabalho de defesa aos animais.
E nada disso é de interesse público? Então por que recebo cada vez mais mensagens de apoio e de colaboração em minhas investigações?
Sim, porque para preparar uma Representação decente ao MP eu preciso investigar.
O fato é que nesta história tem muita gente de rabo preso, muito dinheiro rolando e uma série de questões nebulosas.
Ah, a piada.
Para tirar uma nota de R$ 2,00 que caíra no vaso sanitário, o judeu joga antes uma de R$ 100,00. Por que ? Para valer a pena.
É desgastante para mim escrever este blog. Física, mental e espiritualmente, gostaria de estar fazendo outra coisa. Procuro sempre só fazer o que gosto, ensinamentos de minha falecida mãe. 
A Cezira Rodrigues cometeu uma dúzia de crimes nas duas vezes que tentou prejudicar minha mãe. Não conseguiu. Muitas inJustiças foram cometidas neste processo. Minha mãe foi difamada, caluniada, autoridades abusaram de poder, enfim, eu poderia ter a mesma quantidade de processos em andamento proporcionais à quantidade de crimes consumados. Tudo isso toma tempo, dinheiro e energia, que procuro utilizar de uma melhor maneira.
Mas há momentos na vida em que surgem situações impossíveis de serem ignoradas.
Mostrar a todos quem na verdade é o Rafael Rodriguez Miranda, "dono" do Cão sem dono, parece neste momento, necessário. Deve valer a pena. 

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Os cães abandonados pelo Cão sem dono.








Neste final de semana, a ABEAC, promoveu um mutirão veterinário na Chácara de parelheiros, cujos animais estavam sob a guarda do Cão sem Dono.



Após a saída do Cão sem Dono, a ABEAC enviou dois veterinários, alguns voluntários e muita boa vontade, carinho e amor.
Tirem suas próprias conclusões. As minhas, virão em breve.




terça-feira, 29 de maio de 2012

A Casa dos bichos, o canil Uanga, em Paraibúna, não Jacareí.

Então encontrei alguém no facebook falando MUITO bem do Rafael. Incrível, a pessoa fala que ele ajuda sem fazer propaganda, que coloca a mão na massa, que ele mesmo ajuda a construir os canis. Até lembrei de quando ele assumiu a Chácara de Parelheiros. A Márcia, velha amiga da minha mãe me telefonou e contou que Rafael estava lá, com os pedreiros, ele mesmo ajudando a construir os canis. Fiquei super feliz! Aí ele tirou fotos, foi embora e nunca mais voltou!
Quem seria essa pessoa da Casa dos Bichos? Estaria eu cometendo uma injustiça?
Pesquisando, matei a charada! A Casa do bichos é o antigo canil Uanga. Este é o novo golpe do Rafael. Dessa vez, cobrará de quem deixar os animais hospedados. Um negócio...
É grátis???Animais disponíveis para empresas de segurança...
O que será destes cachorros? 
Como se até isso fosse possível, Rafael mudou o nome da cidade, pois o canil de Paraibúna ainda está na memória dos protetores de animais. O Uanga de Paraibúna, foi denunciado em 2006 por pessoas que deixavam os cães lá, pagavam e recebiam notícias positivas sempre que telefonavam. Porém, quando foram atrás dos animais, ou os encontraram em péssimas condições, ou nunca mais tiveram notícias...
Conta uma colaboradora, que o cão que havia deixado aos cuidados do Uanga, entrou saudável, saiu num saco preto. Quem se lembra disso?

segunda-feira, 28 de maio de 2012

O silêncio que impressiona.

Todos os dias recebo uma denúncia de alguém. A história é sempre a mesma. Rafael Rodriguez Miranda aparece onde protetores precisam de ajuda, tira fotos, pede dinheiro nas redes sociais e através do site e desaparece.
Quando leva cachorros, os abandona em locais próximos de onde os recolheu.
A denúncia de Pinheirinho, é que pegou animais numa ponta da cidade e abandonou na outra. No meio disso, visitou uma veterinária. Ou foi em Petrópolis? Enfim, muitos casos, todos semelhantes.
Conversando com dirigentes de Ongs conhecidas e movimentos sérios, me impressiona o fato de que quem não tinha certeza, ao menos suspeitava.
E este silêncio? Que se confunde com conivência, cumplicidade, medo de ser desacreditado. Por que tanta gente ligada a este movimento de proteção animal se calou por tanto tempo diante de tantas evidências?
Não tenho a resposta para isso, creio que cada um deva ter seus motivos. Também creio que agora que tudo veio à tona, ninguém mais vai defender esta Ong.
Certeza mesmo, só tenho uma - A verdade vos libertará!
Da série "emails do Rafael", segue mais um, o que dizer?

domingo, 27 de maio de 2012

Denúncias, evidências e os BOs ameaçadores.

Me espanta nesta hora, a quantidade de gente que me procura contando a mesma história.
Dizem que foram procurados por Rafael, que chegou oferecendo ajuda. Ficam esperançosos e ganham alguns sacos de ração.
Rafael tira fotos, pede ajuda nas redes sociais. Depois, desaparece. Não atende mais telefone, jamais volta com a ajuda prometida.
Alguns, alegam que deram seus animais para ele "doar". Jamais viram um termo de adoção. Uma senhora encontrou alguns de seus cães teoricamente doados, vagando por ruas próximas.
Uma testemunha informa ter visto dois carros importados abrindo as portas e colocando na rua quantidade exagerada de animais. Afirma que o bairro inteiro ficou surpreso com a quantidade de cachorros que apareceu de uma hora para outra.
Neste meio tempo, um cão da Chácara voltou para casa. Incrível como são os cães. Sabe-se lá quanto tempo demorou para voltar, pelo que passou, onde foi deixado. Estava debilitado, mas o fato é que Bolinha voltou pra casa e agora será o símbolo de nossa luta para descobrir o paradeiro dos tantos outros. Ainda não tenho uma foto dele, mas postarei assim que chegar.
Na semana que entra, vou à Itapecerica para iniciar as negociações com a Promotoria de lá, com relação ao processo contra a Ong Cão sem dono, contra o Rafael Rodriguez Miranda. Arrolar testemunhas, juntar documentos. Ao contrário de Rafael, não vou fazer um BO na delegacia. Vou em busca do Ministério Público, o Órgão que verdadeiramente pode agir.

sábado, 26 de maio de 2012

Email do Rafael Miranda sobre os cães da Chácara


Rafael Miranda então postou um email que enviei para ele logo que minha mãe morreu onde falo em 230 cães no canil  e 55 na casa dela.
Nem vou discutir isso, primeiro porque tenho a contagem certa e depois porque isso é uma bobagem. Vamos considerar os números dele, e ainda faltam 66 cães que não sabemos onde estão. Afinal, se nas palavras dele "da Chácara só sai cachorro e não entra", ONDE ESTÃO OS CACHORROS????
Mas já que estamos postando emails, e eu tenho umas pérolas, vamos ao primeiro da série - "emails do Rafael".
Neste ele confessa ter deixado na rua uma caixa de filhotes e um cão com a pata encanada, o qual  eu havia dado abrigo para evitar que o cachorro ficasse na rua.
Quem, no mundo da proteção animal deixa uma caixa com 5 filhotes na porta de um local que existe para abrigar animais abandonados???? Não conheço ninguém. Cito aqui a Marli da ABEAC que acabou recolhendo estes infelizes, a Cecília do Ajudanimal que sofre com o abandono em sua porta e até a Gabi do PEA, que era controlada, controlada, mas tem uma casa lotada de felinos e caninos. Eliete do Projeto CEL, nem se fala, tem um husky cego que vive na sua cozinha. 
Vamos lá, esforço geral! Pensem, pensem, pensem !


sexta-feira, 25 de maio de 2012

Explicando com laranjas

Estou percebendo uma grande dificuldade do "grande público" em entender o que se passa. Já percebi que todos ligados ao movimento de proteção animal sem exceção, friso, sem exceção até o momento, entenderam tudo. Porque vivemos estas questões diariamente.
Descabelados protetores correm atrás de resgate, veterinário, castração, doação.
Deixam de pagar contas pessoais, perdem a conta "prime" e entram na lista da SERASA.
Impossível dar conta do abandono de animais domésticos que assola o país.
Mas voltemos às laranjas. O Cão sem Dono tem se defendido postando cópias de ações que a entidade fundada por minha mãe sofreu. Alega que o local era sujo, que os animais não tinha acomodações adequadas, se alimentavam de ração de péssima qualidade, não estavam castrados, não tomavam banho. Ok. Algumas afirmações são exageradas, outras verdadeiras. Mas contra fatos não há argumentos. 
Fato - Assim que minha mãe faleceu, ciente de que não tinha a menor condição de cuidar daqueles animais, busquei a ajuda de ONGs mais estruturadas para dar uma vida digna aos cães da Chácara. Se eu defendesse as condições em que se encontravam aqueles cães, não teria buscado ajuda. Encontrei Rafael, disposto a ajudar. 
Fato - Os animais da Chácara estavam todos vacinados no ano passado e castrávamos em média, 15 animais por mês. Tenho todos os comprovantes de vacinação e de castração.
Ele passou um ano tomando conta dos animais da Chácara e pedindo dinheiro em nome deles.
Será que os colaboradores que defendem Rafael e atacam as condições da Chácara não percebem que em um ano inteiro administrando o local, O Cão sem Dono tinha obrigação de melhorar aquelas condições?
Nenhum animal foi vacinado ou castrado nos últimos doze meses.
Como ele foi para Pinheirinho ajudar cachorros abandonados no meio da desocupação, se em Parelheiros os animais estavam em condições precárias?
Qual o problema dessas pessoas? Não conseguem raciocinar?
Explico com laranjas. Se a Chácara de Parelheiros hoje está em um estado calamitoso, a culpa é da administração de Rafael Miranda. E isso será facilmente comprovado através dos esforços que estão sendo feitos hoje pela ABEAC. Em menos de duas semanas, canis estão sendo reformados, animais estão sendo levados para castração. Tirem suas próprias conclusões. Mas por favor, PENSEM!

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Liminar que interditou o canil do Cão sem Dono


Por um princípio de equidade, já que eles postam a minha ação, eu posto a deles. Eles não permaneceram interditados, é verdade. Mas nós também fomos absolvidas de todas as acusações, oras!

A defesa do estelionatário é o ataque

E hoje o Cão sem Dono publicou mais uma "nota oficial" ou seja lá o que for aquilo. Continua atacando na linha de que a melhor defesa é o ataque.
Mas é uma bobagem. Querem denegrir a Chácara?
Desculpem mas preciso fazer pausa pra rir. Kkkkkkk!
Mais?  Falem sério. Juntam documentos onde o CCZ diz que o local é inadequado e citam a presença de ratos!
Todo mundo já sabe que a Dona Jane, minha falecida mãe, alimentava os ratos da Chácara. Sim, ratos silvestres, é verdade. Quero lembrá-los que o local ão tem saneamento básico e está localizado no meio do mato. Portanto, não são ratos de esgoto, daqueles feiosos. São ratinhos de peitinho branco. Mesmo se não fossem. Para minha mãe todos tinham direito à vida, incluindo as baratas...
E juntam uma ação do CCZ, onde na inicial está lá a "criação irregular de felinos". Pode parar!!! Ratos, admitimos, mas gatos? Não, não desde 1997 não há um gato sequer naquela chácara.
Bom, seguem atestando que o local era muito, mas muito ruim mesmo. Ok, não vou entrar no mérito, afinal, eu mesma quis entregar a administração de lá a alguém que fizesse melhor, uma vez que tentei deixar o CCZ assumir, mas eles não quiseram! para quem não sabe, o CCZ deveria por ordem judicial cuidar daqueles cães desde setembro do ano passado. Mas como disse: elesnãoquerem.com.br!!! 
Mas voltando ao Cão sem Dono. Por que pediram dinheiro para melhorar a vida destes animais por um ano inteiro e não o fizeram? E por que, por que não apontam o paradeiro dos cães? Rafael faz um jogo de números, diz que eram 230 no canil, 55 na casa da minha mãe. Vou considerar os números deles. Não porque está certo, mas porque é o que admitiram até agora. Então, faltam, pelas contas deles, 66 cães.
Onde estão os 66 cachorros, Rafael????

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Procurando no Google, a sede da Raro.




Encontrei a sede da Raro Transportes de cargas Nacionais e Internacionais...
Fica cada vez mais distante minha esperança de obter o paradeiro dos cães que foram covardemente levados por Rafael Miranda da Chácara para o abandono e a morte.

Quem é a Raro Transportes?

A Raro Transportes de Cargas Nacionais e Internacionais, é a transportadora da qual Rafael tanto fala e se escora nela para justificar seus ganhos. Aberta em 2003, com sede na Rua dos Guaianazes, 461, cj 13

A quem pertence o domínio caosemdono.com.br

Efetuando uma busca simples, descubro que no Registro.br, em 2005 Rafael registrou seu site com o CNPJ da transportadora que alega ser dono, e de onde tiraria seu sustento.

Como tudo começou vir à tona.

Este email que transcrevo a seguir, foi elaborado pela Patricia Lima, uma amiga minha de infância, que sempre foi louca por animais e pela minha mãe, mas que nunca havia se envolvido com proteção animal.
Após as falsas denúncias feitas contra a minha mãe, Patrícia, a Pat como é conhecida, começou a dar uma força para minha mãe na arrecadação de fundos para seus animais. Pouco antes de minha mãe falecer, Pat, proprietária de 2 hectares de terras em Cotia, já havia transferido uma centena de cães da Chácara para seu sítio, e esperava convencer minha mãe a se mudar para lá com todos os cães. No meio do processo minha mãe se foi, e a Pat ficou com a árdua tarefa de manter os animais retirados da Chácara. Quando apareceu o Rafael e seu lindo local em Itapecerica, todos pensamos - Estes cães ganharam na loto! Sem titubear, entregamos ao Cão sem Dono, a tutela dos exatos 369 cães que permaneciam em Parelheiros. 



Prezados Aumigos e Cãolaboradores!

Como é de conhecimento de todos, já faz alguns anos que sou a captadora de recursos da Chácara dos meus Amores. Dona Jane faleceu, uma centena de animais se mudaram comigo para a Chácara de Cotia e em julho, Rafael do Cão sem Dono assumiu os quase 400 animais que estavam em Parelheiros.
Minha missão agora, no aniversário da morte da nossa querida Dona Jane, é a de comunicá-los sobre os acontecimentos deste ano que se passou.
Peço um pouco de paciência pois o texto é longo, porém esclarecedor.
Os 100 animais que saíram de Parelheiros comigo hoje somam 153. Doamos 27 dos que eram da Dona Jane e recolhemos 80. Não é uma média de fato muito boa, mas todos sabemos das dificuldades em doar cães adultos SRD, e da quantidade de animais abandonados todos os dias, principalmente após a lei Estadual que proíbe a eutanásia dos animais sadios.
Pois bem, quando O Cão sem Dono assumiu o local em Parelheiros, o fez porque estava sendo despejado do local que tinham em Itapecerica e precisava de uma nova sede. Ao mesmo tempo, aos nossos olhos, tratava-se de uma Ong mais bem estruturada, com mais colaboradores, mais voluntários, mais capacidade financeira.
Rafael Miranda assumiu nossos cães e o compromisso de reformar os canis, levar semanalmente um veterinário para atender os animais, vaciná-los, castrá-los e encaminhá-los para feirinhas de adoção.
Logo no dia em que divulgou estar assumindo nossos cães, levou material de construção para Parelheiros, tirou fotos do local sendo reformado, visitava o local três, quatro vezes por semana.
Fez propaganda em todos os meios de comunicação e começou a arrecadar fundos para estes animais.
Cerca de um mês e meio depois, conseguiu não ser despejado de Itapecerica, porém teve que cumprir exigências do CCZ de lá.
O tempo foi passando, e Rafael passava informações para a Dra. Claudia Pentiocinas, filha da Dona Jane, de que os animais estavam ótimos, sendo doados, e as obras prometidas iriam começar.
A Claudia teve um ano muito difícil com a morte da mãe, questões para resolver sobre propriedades da família, teve problemas de saúde, sofreu cirurgias, enfim, se afastou mesmo do local.
Víamos através das notícias O Cão sem Dono em Pinheirinho, socorrendo cães em outras cidades, comunidades carentes, campanhas de vacinação e castração. Qualquer um pensaria que se recursos estão sendo gastos com animais de comunidades carentes, obviamente seria porque a casa está arrumada, ou seja, os cães de Parelheiros estariam recebendo o melhor.
Nos comunicados, os cães que eram inicialmente 400, de repente se transformaram em 270. Um número considerável, se pensarmos que todos os cães da Chácara dos meus Amores herdados pelo Rafael eram adultos e SRD. Claro que muitos eram doáveis, mas 130 começou a nos parecer um número um tanto quanto exagerado.
Então, o Rafael pressionado, começou a falar em mortes por cinomose, uma coisa que nunca antes havia existido no canil. Depois começamos a ler em comunicados que esses cães haviam sido abandonados por uma “ong falida” e que passavam fome. Eu garanto a todos aqui e convoco quem nos ajudou nesses anos todos, a Paola, a minha xará Patricia Figueiredo, a Deka, a Dra. Denise Valente, a atestar que nossos animais jamais ficaram sem ração. Os apelos sempre foram atendidos, e havia dias que conseguíamos comprara a ração no final da tarde, os caseiros distribuíam a ração já no escuro, mas jamais deixamos para fazer isso no dia seguinte. Isso para a Dona Jane era inaceitável.
Eu não conseguia entender, porque o Cão sem Dono precisava desfazer de nosso trabalho para enaltecer o deles.
Há cerca de dois meses, a Claudia recebeu um apelo na internet de uma amiga, Claudia Mônaco, que pedia abrigo para um cão que havia sido atropelado e socorrido por ela emergenciamente, mas que não tinha um cantinho para se recuperar e estava na rua com a pata entalada.
Como eu estava em obras e sem espaço, e a Claudia sabia que a casa da Dona Jane estava vazia, pois o Rafael havia retirado todos os cães de dentro da casa, mandou levar esse cão para lá.
Para a surpresa da Claudia, o Rafael PROIBIU a entrada do cão, mandando deixá-lo na rua, com a pata quebrada, sob a ameaça de demitir a funcionária que recolhesse o animal.
Uma atitude um tanto estranha para quem acabara de vir de Pinheirinho onde havia muitos animais sem destino, para quem pede dinheiro para resgatar animais, para quem, posta no facebook que resgatou uma caixa de filhotes no meio da rua. Que protetor que tem espaço disponível, mesmo que precário, se recusa a acolher um animal com a pata quebrada?
Um grande parênteses me obriga claro a divulgar, que este animal foi prontamente recolhido pela ABEAC que faz um belíssimo trabalho com os cães da Marcia, ao lado da casa da Dona Jane.
Pois bem, a partir daí, a Claudia suspeitou que as coias não iam bem e começou a investigar o que estava acontecendo com os cães da Chácara assumidos pelos Rafael.
Encontrou uma colaboradora do Cão sem Dono, que nunca quis doar dinheiro diretamente ao Rafael, mas que se dispôs a construir canis em parelheiros para abrigar melhor os animais. Rafael mentiu para ela, dizendo que o terreno de Parelheiros era da Prefeitura e por isso não poderia construir no local. Convenceu a moça a construir os canis em Itapecerica com a promessa de transferir animais da Chácara para lá. Os canis ficaram prontos e a moça começou a suspetitar, pois rafael sempre enrolava e não tirava os cães de Parelheiros. Mais próxima, ela constatou que nunca um veterinário havia visitados os cães e que os mesmos não estavam vacinados. Sequer dinheiro era gasto com a compra de ração, pois os casos que chegavam em Parelheiros, eram sacos de 5Kg, 10Kg, nitidamente arrecadados durante as feiras do Cão sem Dono na Cobasi ou em outros locais.
Todos sabemos, que animais que não comem a mesma ração regularmente apresentam problemas intestinais, diarréia em função da troca constante de ração.
Os canis, todos destelhados, deixam os a nimais totalmente desprotegidos fo rio e da chuva.
Uma colaboradora, Denise Hajar, há quase um ano, ofereceu telhas para nosso abrigo e Rafael, jmais se interessou em retirá-las.
Resumidamente, se é que é possível, após tanto escrever, os animais da Dona Jane estavam completamente abandonados. Mais pressionado a dar conta dos animais que saíam de Parelheiros e não chegavam em Itapecerica, Rafael Miranda enviou para a Dra. Denise Valente, termos de doação de cães, porém, ao investigar as adoções, descobrimos que quase nenhum cão era da Chácara. Rafael nunca soube, mas na semana que a Dona Jane faleceu, o genro dela e Presidente da nossa Ong, Stefano, esteve no canil e cadastrou e fotografou todos os 298 cães do canil e os 71 cães da casa da Dona Jane. Sabemos quem são todos eles, cada animais que lá estava.
Mais pressão em cima do Rafael, e na terça-feira passada, ele estava com três carros, cheios de cães velhos, não castrados, alguns totalmente não doáveis, como a Negrona, cadela da Dona Jane que tem 11 anos, catarata e é MUITO brava, alegando que estava os encaminhando para avaliação veterinária para participarem de feirinhas.
Foi brecado pelo Stefano, obrigado a retirar os animais dos carros, e a partir daquele momento, impedido de continuar cuidando dos cães de Parelheiros.
Rafael está divulgando um espaço em Jacareí, para onde supostamente estaria levando estes cães, por ser um local com mais condições de abrigá-los. Esta colaboradora descobriu, que o local, que fica na verdade em Paraibúna, é o antigo canil Uanga, que em 2006, foi denunciado por receber dinheiro para ficar com animais e deixá-los morrer à míngua. Seus novos “associados” são os mesmos, denunciados de 2006.
Ao ser cobrado para devolver para a Chácara os cães que alega estarem em Itapecerica, Rafael disse que “precisava dar baixa” no CCZ de Itapecerica. A Dra. Denise Valente, conversou essa semana com a diretora do CCZ, que negou saber de nossos cães, disse que rafael está proibido de receber novos animais, pois foi denunciado por receber dinheiro para cuidar de cachorros e sacrificá-los ou deixá-los morrer à míngua.
Investigado por nós agora, estamos recebendo todo tipo de denúncias. Nilce do jardim dos Amiguinhos, diz que Rafael retirou cães dela para levar à adoção, mas encontrou alguns destes cães abandonados nas ruas nas imediações de seu abrigo.
Uma menina no facebook informa no dia de ontem, que viu voluntários do Cão sem Dono, abandonarem uma caixa de filhotes próximo a uma Cobasi, onde promovem feiras de adoção.
O prazo para Rafael nos informar o paradeiro dos animais que retirou da Chácara terminou ontem, sem que tenhamos tido notícias dele. A prestação de contas deve ser entregue até quarta-feira, dia 23 de maio. Completamente atônitos, estamos aguardando explicações. Quero acreditar que tudo seja um mal entendido e que Rafael tenha conseguido neste período encaminhar 180 cães de parelheiros, mas as evidências nos levam em outra direção.
Informamos a todos os colaboradores que estamos de volta no controle de Parelheiros. Peço para quem quiser voltar a ajudar, que entre em contato comigo. Peço também, encarecidamente que os colaboradores do Cão sem Dono cobrem o paradeiro de nossos animais e a prestação de contas. Quem doou dinheiro aos cães de Parelheiros, por favor, entre em contato.
Agradeço a paciência e interesse de quem conseguiu ler este email até o fim.
Boa semana!

Dona Jane, a indomável.


O aniversário de um ano da morte de minha mãe, coincidiu com a descoberta sobre a fraude do Cão sem Dono. Então, resolvi escrever um pouco sobre ela. Para que não caia no esquecimento, esta figura marcante que foi minha mãe.


Me vejo forçada a resumir a vida de uma pessoa brilhante, que merecia e terá, uma biografia publicada. Porém, a necessidade de algumas explicações, me obriga a tentar ao menos, escrever em duas páginas no máximo, o que foi a vida de minha mãe.
Jane Hegenberg nasceu Eugenia Schaffman em 1929. Filha de Alexandre Schaffman maestro, professor e violinista do Quarteto de Cordas do Teatro Municial de São Paulo e de Rosa Schaffman, uma dona de casa, se casou aos 19 anos, com Leonidas Hegenberg professor do ITA e foi morar em São José dos Campos. Se separou em meados dos anos 50, numa época em que isso era quase um crime. Foi morar numa pensão com os dois filhos pequenos, trabalhar durante o dia e estudar teatro à noite. Se formou na primeira turma da EAD, sob o comando do Professor Alfredo Mesquita. Adotou o nome artístico de Jane Hegenberg, como depois ficou conhecida para o resto da vida. Fez sucesso como atriz, era linda e talentosa. Em 1962 conheceu um jovem 9 anos mais novo que ela. Abandonou o teatro e se casou com ele. Este homem era Sergio Pentiocinas, a pior escolha da sua vida. Com ele, em 1968 teve uma filha, eu.
Neta de músico erudito e sobrinha da secretária do adido consular dos EUA, desde bem pequena eu era levada para assistir espetáculos de ballet e concertos de música clássica. Em 1976, encantada com tudo aquilo, comecei uma campanha para estudar ballet. A escola de ballet do Teatro Municipal de São Paulo, era um reduto de jovens talentos e eu, sem talento algum, consegui uma vaga para lá estudar, por conta da amizade de minha tia com Sábato Magaldi.
As aulas eram dadas na Praça Ramos de Azevedo, em um centro de São Paulo bem mais tranquilo do que o atual. Minha mãe me levava de carro, e ficava esperando a aula acabar. Neste meio tempo, pôde perceber que dezenas de gatos habitavam aquela praça. Mamães gatas com crias, gatos doentes, todos famintos. Morreu de pena e começou a levar comida para eles. Quero lembrá-los que o ano era o de 1977 e não havia ração de gatos para comprar no supermercado.
Então a Dona Jane começou a comprar sardinha na feira, cozinhar arroz e levar para distribuir aos gatos enquanto eu tinha aulas de ballet. No primeiro ano, as aulas eram às terças e quintas. No segundo, às segundas, quartas e sextas. Mas desde então, como animais se alimentam todos os dias, lá ia minha mãe para o centro, no seu chevette laranja, levar comida aos gatinhos.
Eu não tinha talento algum para o ballet, mas fui forçada a ter aulas até 1983, ano em que desenvolvi uma artirte, provavelmente para fugir daquela tortura que eram as aulas de ballet pra mim. Nessa época, embaixo de chuva, frio e tempestades, minha mãe estava lá, na praça alimentando centenas de gatos que a aguardavam ansiosamente.
Ficou conhecida na região e enfrentou todo o tipo de preconceitos. É a primeira “protetora de animais” de que se tem notícias. Tenho tantas testemunhas desta história. Para isso, o facebook é um grande conforto, posso encontrar meus amigos de infância que cresceram achando graça daquela casa na Vila Mariana de onde saíam gatos por todos os lados.
Me sinto muito à vontade em convocar minhas testemunhas para todas as fases da minha vida. Tenho a Andréa Helena Mannis Gabriel e a Ana Paula Cobucci Cirino, que certamente lembram da “louca” da Dona Jane, levando comida para os gatos. Recentemente, após 30 anos de separação, encontrei Ana Paula, que me lembrou que por mais de uma vez, foi levada pela minha mãe de carro, até o centro, para alimentar a gataiada. Mais tarde tenho a Simone Furtado, amiga que mora nos EUA há tantos anos e nem por isso menos querida, que conviveu comigo quando eu morava na mesma casa, já nos anos 80. Bom, aí temos o Antonio Matias, o Luciano Monteiro, o Olavo Aguiar, o Paulo Pacífico, o Milton Soldá, meu primeiro namorado, que acompanhou um cavalo apreendido pela minha mãe em 1983. Sem lei, sem polícia, sem Ong, sem Vereador, sem ajuda financeira, sem facebook, só ela, no meio da Rua dos Otonnis, em frente ao Clube Adamus, enfrentando o carroceiro que maltratava a égua Margarida.
Após a “apreensão”, Margarida foi “estacionada” na garagem de casa e lá passou semanas, escondida do “bicho-papão” que era meu pai, um ser que manda cortar a árvore de frente da casa dele porque os cachorros param nela para fazer xixi.
Sim, sou filha do bem e do mal. Uma mistura marcante que me transformou num ser antagônico, que defende animais, porém sem nenhuma compostura.
Mas voltando ao que interessa, Dona Jane foi convocada em 1983, pelo então Prefeito Mario Covas, a dirigir um terreno de 10 000 metros quadrados cedi do pela Prefeitura para abrigar gatos abandonados. Rapidamente o local se tornou abrigo para cães também. Engraçado lembrar disso, pois foi a maior conquista do “Movimento de Proteção Animal” até hoje e foram os próprios “protetores” que já naquela época, enebriados e engulidos por seus próprios egos, que perderam aquele espaço.
O local se chamava Praça dos Gatos e ficava às margens do Rio Tietê. Atualmente se chama “favela do gato”, vcs já sabem agora o porquê do nome.
A Praça dos Gatos chegou a brigar cerca de 1 000 gatos e 500 cachorros. Era um lugar lindo, a Prefeitura construía os canis e gatis e minha mãe bancava a alimentação. Nunca se arrecadou fundos para isso. Minha mãe bancava tudo. De vez em quando alguém deixava por lá algum animalzinho e uma contribuição, o equivalente hoje a R$ 10,00, algo assim.
Neste período que durou 10 anos, minha mãe conheceu Leda Guimarães, harpista talentosíssima, que chegou a fazer concertos em minha casa em prol dos animais abandonados. Leda tinha um terreno em Parelheiros, que chamou de Quintal de São Francisco. Sempre doente, Leda morreu prematuramente, deixando a administração de seu abrigo com Angela Caruso.
Conheceu também Cezira Rodrigues, uma senhora que na época tinha 200 cães e havia sido despejada, sei eu lá de onde. Generosa, Dona Jane deu abrigo aos cães da Cezira, tendo sido este o primeiro de seus muitos erros.
Dividindo a direção do local com minha mãe, uma advogada corrupta, esposa de um Juiz, a Dra. Neusa Rangel do Nascimento, que autenticava documentos falsos e fazia piada disso dizendo que autenticava até a pata de um gato. Tenho até hoje documentos que provam isso... sabe-se lá se terei que usá-los ou não...
A Praça dos gatos seguia um lugar lindo, de causar inveja a qualquer abrigo até hoje. Tenho poucas fotos do local, mas meu amigo Eli Kahana, de Haifa, Israel, fotografou muito aquele local, espantado durante sua volta ao mundo, sempre insistindo que não havia visto nada parecido com aquilo em suas andanças pós-serviço militar. Sabe como são os judeus, guerreiros por natureza.
O fato é que em 1992, já na administração da Luiza Erundina, na Câmara dos Vereadores, abrigo de bandidos engravatados (ok, é até hoje, sei disso...), os olhos no terreno em frente ao Clube Regatas Tietê começaram a crescer, e o então vereador Hanna Garib e mais alguns outros, difícil lembrar os nomes de tantos criminosos, iniciaram um movimento para retirar aqueles animais de lá.
Nesta época, o CCZ sacrificava os animais em uma câmara de descompressão, eram jogados lá dentro e a descompressão estourava seus pulmões. Esta prática perdurou até 2001, quando a Dra. Viviane Benini conseguiu, através de uma Ação civil Pública, impedir que continuasse.
Então para sacrificar os doentes terminais, a Neusa Rangel do Nascimento, havia conseguido junto à Liquid Carbonic um gás que sacrificava os animais de um jeito mais humano, morriam dormindo. Cosntruíram uma caixa, pequena, onde cabia no máximo um cão de grande porte, e lá, quando não havia mais salvação para o animal, eles eram colocados para dormi, sem sofrimento. Eutanásia, morte feliz!
Havia muitas divergências entre minha mãe e a tal da Cezira. Minha mãe achava que os animais precisavam de água. Cezira, que possuía um espaço cedido pela minha mãe, mas cuidava dos próprios animais, deixava seus cães sem água. Sem ração. Sim, em 1992 já havia ração... Minha mãe, entrava no local escondida e alimentava, e dava água para aqueles cães. Cezira chegava e ficava puta da vida.
Juntando a Cezira que tinha raiva da minha mãe, com a Neusa que não gostava de cachorros, só de gatos, e os vereadores, o cenário para dona Jane não era nada favorável.
Cezira, criminosa de verdade, que apenas hoje começa a pagar por seus crimes, sempre teve uma tática – a difamação. Personificação do mal, a criatura entrou durante à noite na Praça dos Gatos, matou dezenas deles e os deixou espalhados por todo o local. Entupiu a tal caixa onde eram eutanasiados os animais, sempre um de cada vez e a cada morte de Papa, fez aquilo parecer um campo de extermínio. Logo cedo, chamou a reportagem do Aqui Agora, programa sensacionalista da época.
E ali, em frente às câmeras, chegou a Dona Jane , já avisada, mas descrente, e foi ali execrada publicamente, tendo até apanhado de uma das amigas da Cezira.
Apelidada de nazista, a judia cuja família havia fugido da Europa durante aa segunda guerra, precisou de guarda- costas para se proteger de um povo maluco, que não sabia porquê, queria matá-la!
Rapidamente, aproveitando o gancho, o então Prefeito Paulo Maluf, aquele, que hoje é deputado federal procurado pela Interpol, mandou demolir o local, que era lindo, repleto de canis, num terreno plano, enorme, onde os animais todos eram felizes!
Já tínhamos um Roberto Tripoli na Câmara dos Vereadores. Eu, com toda sinceridade, não sei onde ele esteve durante este episódio. Apenas constato sua presença através de sua biografia. Ele era o defensor dos animais na Câmara.
Essa confusão toda levou anos para acabar, pois lembro que os animais saíram da Praça dos Gatos e foram direto para o terreno na Chácara Santo Amaro, e lá, chegram em 1996.
Um amigo de minha mãe, Angelo (não sei o sobrenome), comprou o primeiro terreno em um local completamente distante da civilização.
Lá nesceu a Chácara dos meus Amores. Daí pra frente há muitas versões para a mesma história. Há quem diga que tentou ajudar, mas minha mãe negou. Há quem diga que era impossível ficar perto, pois ela queria tudo absolutamente do seu jeito.
A verdade é que minha mãe sempre foi uma pessoa difícil, voluntariosa, controladora. A típica mãe judia. E provavelmente, escaldada pelos acontecimentos, não deve ter deixado muita gente dar palpite mesmo.
Já sem muito dinheiro, construiu canis e abrigou bem seus animais. Doava muitos animais, recolhia outros tantos e os anos foram se passando.
Eu, pasma com o que haviam feito com ela, queria entender muito a questão do direito dos homens e aos 29 anos, entrei na faculdade de direito. Fiz lá, os 5 anos e passei no tal exame da OAB. Durante a faculdade fundei uma Ong com mais dois amigos de faculdade, Dr. Adriano Mendes, que se tornou um advogado de sucesso, e José Rubens Domingues Filho, que nunca foi advogado, e se tornou um político de sucesso. Demos à entidade o nome dela e a ajudamos a captar recursos. Em 2002, uma equivocada política pública quis desalojar os já quase 700 cães e enviá-los para a morte no CCZ. Com uma liminar conquistada pelo inexperiente, mas impecável recém formado Adriano Mendes, impedimos a matança e nos tranquilizamos.
Já com mais de 70 anos, minha mãe sempre me assombrou com a idéia de herdar aquela cachorrada toda que ela ajudava. O que fazer? Como mantê-los? Por que?
Fui me embrenhando cada vez mais na causa, acreditando que políticas públicas eram a salvação. Sem nenhum ego inflamado, crescida com a filosofia transmitida pela minha mãe, que acreditava que toda caridade é anônima, e que o resto é vaidade, eu jamis poderia ser candidata a algum cargo público. Mas, como advogada, fui lá tentar mudar o mundo da minha maneira. Apareceu uma oportunidade de trabalhar ao lado do inexperiente Aurélio Miguel, judoca que sempre admirei, e que por um acaso do destino, foi levado a carregar a bandeira de “protetor de animais.”.
Em um ano trabalhando como assessora parlamentar, presenciei todo o tipo de podridão, daquelas que lemos todos os dias nos jornais, sabemos que existe, mas viramos a cara impotentes, conformados. Funcionários, fantasmas em absolutamente todos os gabinetes, propinas, acordos, votações em que os assuntos discutidos são o que menos importa. Egos inflamados, poder, traição, cara de pau. Ah, quanta cara de pau! O que vou dizer não é novidade alguma, todos sabemos, apenas nos conformamos com isso. Não há saída para nossa política, a menos que desmantelássemos a quadrilha, o que significa em tese, não reeleger NENHUM político, colocar no poder técnicos nas diversas áreas necessárias, dispostos a ganhar salário mínimo, que tivessem emprego no setor privado e concordassem em doar dois dias por semana de seu tempo em prol da comunidade.Utópico? Pode ser, mas seria uma saída. Porque vamos combinar, nenhum político trabalha mais do que 16 horas semanais.
Mas voltando à “proteção animal”, o ano era 2007, e enquanto estava eu exercendo minha função de assessora parlamentar especializada em animais, (kkkkkk, isso existe?), recebi no gabinete a visita do Dr. Saulo e um sobrenome imenso do qual com sinceridade não me lembro. E lá estava na minha frente, um advogado apaixonado por animais, ex colaborador de um abrigo chamado Paraiso dos Animais de São Francisco de Assis, denunciando atrocidades e sua dirigente. Cezira Rodrigues. Sim! Aquela que havia armado a “presepada” contra minha mãe nos idos de 1993. Eu hein??? Um dossiê de centenas de páginas, que provava sem sombra de dúvidas, que a tal mulher, torturava e assassinava cães por anos a fio.
Para o grande público entender, foi como ser o atacante no jogo de futebol, e ver que a bola está lá, aos seus pés, na cara do gol e você só tem que chutar! E foi o que eu fiz. Escrevi uma petição de cinco páginas, juntei tudo aquilo e consegui uma ordem liminar que interditou o local. O chefe de gabinete do Aurélio Miguel, José Jantália, vibrou, deitou, rolou, chamou a Rede Record, filmou a interdição, faturou horrores junto ao “movimento de proteção animal”, conseguiu uns 10 mil eleitores a mais para o vereador e , de certa forma, assumiu os cães lhes prestando socorro e a ajuda necessária com alimentação e atendimento veterinário. No local, um estupefato Aurélio Miguel, viu com seus próprios olhos, centenas de carcaças de cachorros, acondicionadas em gigantescas caixas d´agua.
Depois disso, a vida de minha mãe, que nada tinha a ver com isso, se transformou em um inferno. A tal Cezira, acreditando se tratar de uma vingança por conta de 1993, decidiu acabar com a Dona Jane da única maneira que conhecia, difamando-a. E assim foi. Por anos esta criatura “denunciou” A Chácara dos Amores da minha mãe, forjando fotos, plantando animais mortos na porta do local, passando dias, semanas, meses em delegacias e órgãos públicos. Contou coma ajuda valiosa de algumas pessoas com as quais bati de frente em meu único , porém animadíssimo ano como Assessora Parlamentar de Vereador.
Para se ter uma idéia, até em uma CPI que investigada grandes geradores de poluição, tipo, a Coca-Cola, lá estávamos eu e minha mãe. A Chácara dos meus Amores se transformou na Chácara dos Horrores, as contribuições que complementavam a renda dos animais deixaram de existir, e o local foi ficando cada vez mais precário, onde não se conseguia dinheiro suficiente para a manutenção do espaço, e se conseguiu, graças a amigos fiéis e os poucos colaboradores que conheciam o nosso trabalho, alimentar e prestar socorro veterinário aos cães. Graças a isso, nenhum animal ali jamais padeceu de fome ou doença.
Em 2009, Cezira, e sua fiel escudeira, Denise Telles, conseguiram através dos tão conhecidos erros do judiciário, apreender 32 animais da chácara e encaminhá-los ao CCZ. Crueldade jamais vista feita a esses animais, conseguimos, com a ajuda da Lilian Rockenbach, do Feliciano Filho, Aurélio Miguel, Luiz Scalea e o definitivo ponto final dado pelo meu marido, companheiro de luta e guerrilheiro Stefano Colaiori, libertar os animais 45 dias depois. Milhares saíram às ruas com a bandeira CCZ ou muda ou fecha, e o débil mental-diretor do local, foi deposto.
Dona Jane, que se imporatva tanto com a sua imagem quanto nossos cães entendem de política, se sentia feliz de ter ajudado a tirar o nefasto do posto e sempre dizia que “essas coisas sempre acontecem com a gente mesmo”. Fazendo menção a todas as mudanças que ela havia iniciado, desde o cabelo cor de rosa dela e da Dercy Gonçalves nos anos 60, até enfim, a mudança do tal diretor. No meio disso, 50 anos de histórias, que dariam e darão um livro, mas que neste momento não cabem nas poucas linhas que pretendia escrever, e que já somam 4 páginas que provavelmente quase ninguém conseguirá ler.
Não foi nada disso que matou a Dona Jane. Ela odiava velhos e eu dizia, mas vc é velha! E ela respondia, - Por isso, me odeio!
Altiva e independente, Eugenia Schaffman, a Dona Jane, jamais se conformou com limites. As limitações da idade começaram a incomodá-la e nos últimos meses ela não podia mais dirigir, nem carregar peso, cuidava dos animais com dificuldades e resistia bravamente a uma campanha minha para que viesse morar comigo e largasse os cães que tanto amava. Ninguém mais tinha qualidade de vida, nem eles, nem ela, porém, seu desejo era ficar com eles até a morte, morrer no meio deles. E assim foi. Em 8 de maio, em pleno dia das mães, minha mãe conversou com os três filhos durante o dia, e provavelmente por volta das 18:00hs, sofreu um AVC no jardim, no meio dos cães, e lá ficou caída, protegida por eles, que se deitaram em volta dela e a aqueceram até que o socorro chegasse, quase 6 horas depois. Na UTI, passou 11 dias, vindo a falecer em 19 de maio de 2011.