quarta-feira, 23 de maio de 2012

Dona Jane, a indomável.


O aniversário de um ano da morte de minha mãe, coincidiu com a descoberta sobre a fraude do Cão sem Dono. Então, resolvi escrever um pouco sobre ela. Para que não caia no esquecimento, esta figura marcante que foi minha mãe.


Me vejo forçada a resumir a vida de uma pessoa brilhante, que merecia e terá, uma biografia publicada. Porém, a necessidade de algumas explicações, me obriga a tentar ao menos, escrever em duas páginas no máximo, o que foi a vida de minha mãe.
Jane Hegenberg nasceu Eugenia Schaffman em 1929. Filha de Alexandre Schaffman maestro, professor e violinista do Quarteto de Cordas do Teatro Municial de São Paulo e de Rosa Schaffman, uma dona de casa, se casou aos 19 anos, com Leonidas Hegenberg professor do ITA e foi morar em São José dos Campos. Se separou em meados dos anos 50, numa época em que isso era quase um crime. Foi morar numa pensão com os dois filhos pequenos, trabalhar durante o dia e estudar teatro à noite. Se formou na primeira turma da EAD, sob o comando do Professor Alfredo Mesquita. Adotou o nome artístico de Jane Hegenberg, como depois ficou conhecida para o resto da vida. Fez sucesso como atriz, era linda e talentosa. Em 1962 conheceu um jovem 9 anos mais novo que ela. Abandonou o teatro e se casou com ele. Este homem era Sergio Pentiocinas, a pior escolha da sua vida. Com ele, em 1968 teve uma filha, eu.
Neta de músico erudito e sobrinha da secretária do adido consular dos EUA, desde bem pequena eu era levada para assistir espetáculos de ballet e concertos de música clássica. Em 1976, encantada com tudo aquilo, comecei uma campanha para estudar ballet. A escola de ballet do Teatro Municipal de São Paulo, era um reduto de jovens talentos e eu, sem talento algum, consegui uma vaga para lá estudar, por conta da amizade de minha tia com Sábato Magaldi.
As aulas eram dadas na Praça Ramos de Azevedo, em um centro de São Paulo bem mais tranquilo do que o atual. Minha mãe me levava de carro, e ficava esperando a aula acabar. Neste meio tempo, pôde perceber que dezenas de gatos habitavam aquela praça. Mamães gatas com crias, gatos doentes, todos famintos. Morreu de pena e começou a levar comida para eles. Quero lembrá-los que o ano era o de 1977 e não havia ração de gatos para comprar no supermercado.
Então a Dona Jane começou a comprar sardinha na feira, cozinhar arroz e levar para distribuir aos gatos enquanto eu tinha aulas de ballet. No primeiro ano, as aulas eram às terças e quintas. No segundo, às segundas, quartas e sextas. Mas desde então, como animais se alimentam todos os dias, lá ia minha mãe para o centro, no seu chevette laranja, levar comida aos gatinhos.
Eu não tinha talento algum para o ballet, mas fui forçada a ter aulas até 1983, ano em que desenvolvi uma artirte, provavelmente para fugir daquela tortura que eram as aulas de ballet pra mim. Nessa época, embaixo de chuva, frio e tempestades, minha mãe estava lá, na praça alimentando centenas de gatos que a aguardavam ansiosamente.
Ficou conhecida na região e enfrentou todo o tipo de preconceitos. É a primeira “protetora de animais” de que se tem notícias. Tenho tantas testemunhas desta história. Para isso, o facebook é um grande conforto, posso encontrar meus amigos de infância que cresceram achando graça daquela casa na Vila Mariana de onde saíam gatos por todos os lados.
Me sinto muito à vontade em convocar minhas testemunhas para todas as fases da minha vida. Tenho a Andréa Helena Mannis Gabriel e a Ana Paula Cobucci Cirino, que certamente lembram da “louca” da Dona Jane, levando comida para os gatos. Recentemente, após 30 anos de separação, encontrei Ana Paula, que me lembrou que por mais de uma vez, foi levada pela minha mãe de carro, até o centro, para alimentar a gataiada. Mais tarde tenho a Simone Furtado, amiga que mora nos EUA há tantos anos e nem por isso menos querida, que conviveu comigo quando eu morava na mesma casa, já nos anos 80. Bom, aí temos o Antonio Matias, o Luciano Monteiro, o Olavo Aguiar, o Paulo Pacífico, o Milton Soldá, meu primeiro namorado, que acompanhou um cavalo apreendido pela minha mãe em 1983. Sem lei, sem polícia, sem Ong, sem Vereador, sem ajuda financeira, sem facebook, só ela, no meio da Rua dos Otonnis, em frente ao Clube Adamus, enfrentando o carroceiro que maltratava a égua Margarida.
Após a “apreensão”, Margarida foi “estacionada” na garagem de casa e lá passou semanas, escondida do “bicho-papão” que era meu pai, um ser que manda cortar a árvore de frente da casa dele porque os cachorros param nela para fazer xixi.
Sim, sou filha do bem e do mal. Uma mistura marcante que me transformou num ser antagônico, que defende animais, porém sem nenhuma compostura.
Mas voltando ao que interessa, Dona Jane foi convocada em 1983, pelo então Prefeito Mario Covas, a dirigir um terreno de 10 000 metros quadrados cedi do pela Prefeitura para abrigar gatos abandonados. Rapidamente o local se tornou abrigo para cães também. Engraçado lembrar disso, pois foi a maior conquista do “Movimento de Proteção Animal” até hoje e foram os próprios “protetores” que já naquela época, enebriados e engulidos por seus próprios egos, que perderam aquele espaço.
O local se chamava Praça dos Gatos e ficava às margens do Rio Tietê. Atualmente se chama “favela do gato”, vcs já sabem agora o porquê do nome.
A Praça dos Gatos chegou a brigar cerca de 1 000 gatos e 500 cachorros. Era um lugar lindo, a Prefeitura construía os canis e gatis e minha mãe bancava a alimentação. Nunca se arrecadou fundos para isso. Minha mãe bancava tudo. De vez em quando alguém deixava por lá algum animalzinho e uma contribuição, o equivalente hoje a R$ 10,00, algo assim.
Neste período que durou 10 anos, minha mãe conheceu Leda Guimarães, harpista talentosíssima, que chegou a fazer concertos em minha casa em prol dos animais abandonados. Leda tinha um terreno em Parelheiros, que chamou de Quintal de São Francisco. Sempre doente, Leda morreu prematuramente, deixando a administração de seu abrigo com Angela Caruso.
Conheceu também Cezira Rodrigues, uma senhora que na época tinha 200 cães e havia sido despejada, sei eu lá de onde. Generosa, Dona Jane deu abrigo aos cães da Cezira, tendo sido este o primeiro de seus muitos erros.
Dividindo a direção do local com minha mãe, uma advogada corrupta, esposa de um Juiz, a Dra. Neusa Rangel do Nascimento, que autenticava documentos falsos e fazia piada disso dizendo que autenticava até a pata de um gato. Tenho até hoje documentos que provam isso... sabe-se lá se terei que usá-los ou não...
A Praça dos gatos seguia um lugar lindo, de causar inveja a qualquer abrigo até hoje. Tenho poucas fotos do local, mas meu amigo Eli Kahana, de Haifa, Israel, fotografou muito aquele local, espantado durante sua volta ao mundo, sempre insistindo que não havia visto nada parecido com aquilo em suas andanças pós-serviço militar. Sabe como são os judeus, guerreiros por natureza.
O fato é que em 1992, já na administração da Luiza Erundina, na Câmara dos Vereadores, abrigo de bandidos engravatados (ok, é até hoje, sei disso...), os olhos no terreno em frente ao Clube Regatas Tietê começaram a crescer, e o então vereador Hanna Garib e mais alguns outros, difícil lembrar os nomes de tantos criminosos, iniciaram um movimento para retirar aqueles animais de lá.
Nesta época, o CCZ sacrificava os animais em uma câmara de descompressão, eram jogados lá dentro e a descompressão estourava seus pulmões. Esta prática perdurou até 2001, quando a Dra. Viviane Benini conseguiu, através de uma Ação civil Pública, impedir que continuasse.
Então para sacrificar os doentes terminais, a Neusa Rangel do Nascimento, havia conseguido junto à Liquid Carbonic um gás que sacrificava os animais de um jeito mais humano, morriam dormindo. Cosntruíram uma caixa, pequena, onde cabia no máximo um cão de grande porte, e lá, quando não havia mais salvação para o animal, eles eram colocados para dormi, sem sofrimento. Eutanásia, morte feliz!
Havia muitas divergências entre minha mãe e a tal da Cezira. Minha mãe achava que os animais precisavam de água. Cezira, que possuía um espaço cedido pela minha mãe, mas cuidava dos próprios animais, deixava seus cães sem água. Sem ração. Sim, em 1992 já havia ração... Minha mãe, entrava no local escondida e alimentava, e dava água para aqueles cães. Cezira chegava e ficava puta da vida.
Juntando a Cezira que tinha raiva da minha mãe, com a Neusa que não gostava de cachorros, só de gatos, e os vereadores, o cenário para dona Jane não era nada favorável.
Cezira, criminosa de verdade, que apenas hoje começa a pagar por seus crimes, sempre teve uma tática – a difamação. Personificação do mal, a criatura entrou durante à noite na Praça dos Gatos, matou dezenas deles e os deixou espalhados por todo o local. Entupiu a tal caixa onde eram eutanasiados os animais, sempre um de cada vez e a cada morte de Papa, fez aquilo parecer um campo de extermínio. Logo cedo, chamou a reportagem do Aqui Agora, programa sensacionalista da época.
E ali, em frente às câmeras, chegou a Dona Jane , já avisada, mas descrente, e foi ali execrada publicamente, tendo até apanhado de uma das amigas da Cezira.
Apelidada de nazista, a judia cuja família havia fugido da Europa durante aa segunda guerra, precisou de guarda- costas para se proteger de um povo maluco, que não sabia porquê, queria matá-la!
Rapidamente, aproveitando o gancho, o então Prefeito Paulo Maluf, aquele, que hoje é deputado federal procurado pela Interpol, mandou demolir o local, que era lindo, repleto de canis, num terreno plano, enorme, onde os animais todos eram felizes!
Já tínhamos um Roberto Tripoli na Câmara dos Vereadores. Eu, com toda sinceridade, não sei onde ele esteve durante este episódio. Apenas constato sua presença através de sua biografia. Ele era o defensor dos animais na Câmara.
Essa confusão toda levou anos para acabar, pois lembro que os animais saíram da Praça dos Gatos e foram direto para o terreno na Chácara Santo Amaro, e lá, chegram em 1996.
Um amigo de minha mãe, Angelo (não sei o sobrenome), comprou o primeiro terreno em um local completamente distante da civilização.
Lá nesceu a Chácara dos meus Amores. Daí pra frente há muitas versões para a mesma história. Há quem diga que tentou ajudar, mas minha mãe negou. Há quem diga que era impossível ficar perto, pois ela queria tudo absolutamente do seu jeito.
A verdade é que minha mãe sempre foi uma pessoa difícil, voluntariosa, controladora. A típica mãe judia. E provavelmente, escaldada pelos acontecimentos, não deve ter deixado muita gente dar palpite mesmo.
Já sem muito dinheiro, construiu canis e abrigou bem seus animais. Doava muitos animais, recolhia outros tantos e os anos foram se passando.
Eu, pasma com o que haviam feito com ela, queria entender muito a questão do direito dos homens e aos 29 anos, entrei na faculdade de direito. Fiz lá, os 5 anos e passei no tal exame da OAB. Durante a faculdade fundei uma Ong com mais dois amigos de faculdade, Dr. Adriano Mendes, que se tornou um advogado de sucesso, e José Rubens Domingues Filho, que nunca foi advogado, e se tornou um político de sucesso. Demos à entidade o nome dela e a ajudamos a captar recursos. Em 2002, uma equivocada política pública quis desalojar os já quase 700 cães e enviá-los para a morte no CCZ. Com uma liminar conquistada pelo inexperiente, mas impecável recém formado Adriano Mendes, impedimos a matança e nos tranquilizamos.
Já com mais de 70 anos, minha mãe sempre me assombrou com a idéia de herdar aquela cachorrada toda que ela ajudava. O que fazer? Como mantê-los? Por que?
Fui me embrenhando cada vez mais na causa, acreditando que políticas públicas eram a salvação. Sem nenhum ego inflamado, crescida com a filosofia transmitida pela minha mãe, que acreditava que toda caridade é anônima, e que o resto é vaidade, eu jamis poderia ser candidata a algum cargo público. Mas, como advogada, fui lá tentar mudar o mundo da minha maneira. Apareceu uma oportunidade de trabalhar ao lado do inexperiente Aurélio Miguel, judoca que sempre admirei, e que por um acaso do destino, foi levado a carregar a bandeira de “protetor de animais.”.
Em um ano trabalhando como assessora parlamentar, presenciei todo o tipo de podridão, daquelas que lemos todos os dias nos jornais, sabemos que existe, mas viramos a cara impotentes, conformados. Funcionários, fantasmas em absolutamente todos os gabinetes, propinas, acordos, votações em que os assuntos discutidos são o que menos importa. Egos inflamados, poder, traição, cara de pau. Ah, quanta cara de pau! O que vou dizer não é novidade alguma, todos sabemos, apenas nos conformamos com isso. Não há saída para nossa política, a menos que desmantelássemos a quadrilha, o que significa em tese, não reeleger NENHUM político, colocar no poder técnicos nas diversas áreas necessárias, dispostos a ganhar salário mínimo, que tivessem emprego no setor privado e concordassem em doar dois dias por semana de seu tempo em prol da comunidade.Utópico? Pode ser, mas seria uma saída. Porque vamos combinar, nenhum político trabalha mais do que 16 horas semanais.
Mas voltando à “proteção animal”, o ano era 2007, e enquanto estava eu exercendo minha função de assessora parlamentar especializada em animais, (kkkkkk, isso existe?), recebi no gabinete a visita do Dr. Saulo e um sobrenome imenso do qual com sinceridade não me lembro. E lá estava na minha frente, um advogado apaixonado por animais, ex colaborador de um abrigo chamado Paraiso dos Animais de São Francisco de Assis, denunciando atrocidades e sua dirigente. Cezira Rodrigues. Sim! Aquela que havia armado a “presepada” contra minha mãe nos idos de 1993. Eu hein??? Um dossiê de centenas de páginas, que provava sem sombra de dúvidas, que a tal mulher, torturava e assassinava cães por anos a fio.
Para o grande público entender, foi como ser o atacante no jogo de futebol, e ver que a bola está lá, aos seus pés, na cara do gol e você só tem que chutar! E foi o que eu fiz. Escrevi uma petição de cinco páginas, juntei tudo aquilo e consegui uma ordem liminar que interditou o local. O chefe de gabinete do Aurélio Miguel, José Jantália, vibrou, deitou, rolou, chamou a Rede Record, filmou a interdição, faturou horrores junto ao “movimento de proteção animal”, conseguiu uns 10 mil eleitores a mais para o vereador e , de certa forma, assumiu os cães lhes prestando socorro e a ajuda necessária com alimentação e atendimento veterinário. No local, um estupefato Aurélio Miguel, viu com seus próprios olhos, centenas de carcaças de cachorros, acondicionadas em gigantescas caixas d´agua.
Depois disso, a vida de minha mãe, que nada tinha a ver com isso, se transformou em um inferno. A tal Cezira, acreditando se tratar de uma vingança por conta de 1993, decidiu acabar com a Dona Jane da única maneira que conhecia, difamando-a. E assim foi. Por anos esta criatura “denunciou” A Chácara dos Amores da minha mãe, forjando fotos, plantando animais mortos na porta do local, passando dias, semanas, meses em delegacias e órgãos públicos. Contou coma ajuda valiosa de algumas pessoas com as quais bati de frente em meu único , porém animadíssimo ano como Assessora Parlamentar de Vereador.
Para se ter uma idéia, até em uma CPI que investigada grandes geradores de poluição, tipo, a Coca-Cola, lá estávamos eu e minha mãe. A Chácara dos meus Amores se transformou na Chácara dos Horrores, as contribuições que complementavam a renda dos animais deixaram de existir, e o local foi ficando cada vez mais precário, onde não se conseguia dinheiro suficiente para a manutenção do espaço, e se conseguiu, graças a amigos fiéis e os poucos colaboradores que conheciam o nosso trabalho, alimentar e prestar socorro veterinário aos cães. Graças a isso, nenhum animal ali jamais padeceu de fome ou doença.
Em 2009, Cezira, e sua fiel escudeira, Denise Telles, conseguiram através dos tão conhecidos erros do judiciário, apreender 32 animais da chácara e encaminhá-los ao CCZ. Crueldade jamais vista feita a esses animais, conseguimos, com a ajuda da Lilian Rockenbach, do Feliciano Filho, Aurélio Miguel, Luiz Scalea e o definitivo ponto final dado pelo meu marido, companheiro de luta e guerrilheiro Stefano Colaiori, libertar os animais 45 dias depois. Milhares saíram às ruas com a bandeira CCZ ou muda ou fecha, e o débil mental-diretor do local, foi deposto.
Dona Jane, que se imporatva tanto com a sua imagem quanto nossos cães entendem de política, se sentia feliz de ter ajudado a tirar o nefasto do posto e sempre dizia que “essas coisas sempre acontecem com a gente mesmo”. Fazendo menção a todas as mudanças que ela havia iniciado, desde o cabelo cor de rosa dela e da Dercy Gonçalves nos anos 60, até enfim, a mudança do tal diretor. No meio disso, 50 anos de histórias, que dariam e darão um livro, mas que neste momento não cabem nas poucas linhas que pretendia escrever, e que já somam 4 páginas que provavelmente quase ninguém conseguirá ler.
Não foi nada disso que matou a Dona Jane. Ela odiava velhos e eu dizia, mas vc é velha! E ela respondia, - Por isso, me odeio!
Altiva e independente, Eugenia Schaffman, a Dona Jane, jamais se conformou com limites. As limitações da idade começaram a incomodá-la e nos últimos meses ela não podia mais dirigir, nem carregar peso, cuidava dos animais com dificuldades e resistia bravamente a uma campanha minha para que viesse morar comigo e largasse os cães que tanto amava. Ninguém mais tinha qualidade de vida, nem eles, nem ela, porém, seu desejo era ficar com eles até a morte, morrer no meio deles. E assim foi. Em 8 de maio, em pleno dia das mães, minha mãe conversou com os três filhos durante o dia, e provavelmente por volta das 18:00hs, sofreu um AVC no jardim, no meio dos cães, e lá ficou caída, protegida por eles, que se deitaram em volta dela e a aqueceram até que o socorro chegasse, quase 6 horas depois. Na UTI, passou 11 dias, vindo a falecer em 19 de maio de 2011.

5 comentários:

  1. Esta eu conheci bem de perto, com muito orgulho, foram muitas e muitas capturas de animais abandonados (muitos cães, gatos e até cavalo ..) , lembro ainda quando ela me pedia para ir resgatar cães com ela, e eu morria de medo e sinceramente até hoje, não vi e nem conheço, alguém que fez tanto pelos animais abandonados como ela, todos falam, questionam,mas só quem viveu com ela sabe o tanto que ela fez, e o tanto de resgates ... Ainda hoje me sinto um grande fã desta incansável guerreira que me inspira sempre ... Realmente foi uma grande perda para nossos animaizinhos abandonados ...

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  2. Meu Deus! Que história! Que mulher! Que exemplo. Oxalá tivéssemos mais donas Janes nesse Brasil! Seria maravilhoso, parabéns a você por ter tido uma mãe tão maravilhosa como essa!

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  3. Também tive a honra de conhecer e ser amiga da dona Jane. E é por sua memória que quero que essa historia seja esclarecida.

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  4. É com os olhos cheios de lagrimas que escrevo, mas tb com muito pesar, adoraria ao menos ter ouvido a voz dessa mulher que é mais que exemplo a todos que amam os animais e tentam (muitas vezes em vão) mudar a triste realidade dos animais de rua nesse pais tão cheio de bons e maus exemplos....Dona Jane meus sinceros agradecimentos....Claudia vc foi abençoada em vida com uma mãe tão guerreira e espiritualizada....

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  5. Linda história.
    Sua mãe era abençoada, realmente ela fez num tempo em que era
    tudo mais difícil.
    Pessoas assim deveriam ser eternas.

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