quarta-feira, 23 de maio de 2012

Como tudo começou vir à tona.

Este email que transcrevo a seguir, foi elaborado pela Patricia Lima, uma amiga minha de infância, que sempre foi louca por animais e pela minha mãe, mas que nunca havia se envolvido com proteção animal.
Após as falsas denúncias feitas contra a minha mãe, Patrícia, a Pat como é conhecida, começou a dar uma força para minha mãe na arrecadação de fundos para seus animais. Pouco antes de minha mãe falecer, Pat, proprietária de 2 hectares de terras em Cotia, já havia transferido uma centena de cães da Chácara para seu sítio, e esperava convencer minha mãe a se mudar para lá com todos os cães. No meio do processo minha mãe se foi, e a Pat ficou com a árdua tarefa de manter os animais retirados da Chácara. Quando apareceu o Rafael e seu lindo local em Itapecerica, todos pensamos - Estes cães ganharam na loto! Sem titubear, entregamos ao Cão sem Dono, a tutela dos exatos 369 cães que permaneciam em Parelheiros. 



Prezados Aumigos e Cãolaboradores!

Como é de conhecimento de todos, já faz alguns anos que sou a captadora de recursos da Chácara dos meus Amores. Dona Jane faleceu, uma centena de animais se mudaram comigo para a Chácara de Cotia e em julho, Rafael do Cão sem Dono assumiu os quase 400 animais que estavam em Parelheiros.
Minha missão agora, no aniversário da morte da nossa querida Dona Jane, é a de comunicá-los sobre os acontecimentos deste ano que se passou.
Peço um pouco de paciência pois o texto é longo, porém esclarecedor.
Os 100 animais que saíram de Parelheiros comigo hoje somam 153. Doamos 27 dos que eram da Dona Jane e recolhemos 80. Não é uma média de fato muito boa, mas todos sabemos das dificuldades em doar cães adultos SRD, e da quantidade de animais abandonados todos os dias, principalmente após a lei Estadual que proíbe a eutanásia dos animais sadios.
Pois bem, quando O Cão sem Dono assumiu o local em Parelheiros, o fez porque estava sendo despejado do local que tinham em Itapecerica e precisava de uma nova sede. Ao mesmo tempo, aos nossos olhos, tratava-se de uma Ong mais bem estruturada, com mais colaboradores, mais voluntários, mais capacidade financeira.
Rafael Miranda assumiu nossos cães e o compromisso de reformar os canis, levar semanalmente um veterinário para atender os animais, vaciná-los, castrá-los e encaminhá-los para feirinhas de adoção.
Logo no dia em que divulgou estar assumindo nossos cães, levou material de construção para Parelheiros, tirou fotos do local sendo reformado, visitava o local três, quatro vezes por semana.
Fez propaganda em todos os meios de comunicação e começou a arrecadar fundos para estes animais.
Cerca de um mês e meio depois, conseguiu não ser despejado de Itapecerica, porém teve que cumprir exigências do CCZ de lá.
O tempo foi passando, e Rafael passava informações para a Dra. Claudia Pentiocinas, filha da Dona Jane, de que os animais estavam ótimos, sendo doados, e as obras prometidas iriam começar.
A Claudia teve um ano muito difícil com a morte da mãe, questões para resolver sobre propriedades da família, teve problemas de saúde, sofreu cirurgias, enfim, se afastou mesmo do local.
Víamos através das notícias O Cão sem Dono em Pinheirinho, socorrendo cães em outras cidades, comunidades carentes, campanhas de vacinação e castração. Qualquer um pensaria que se recursos estão sendo gastos com animais de comunidades carentes, obviamente seria porque a casa está arrumada, ou seja, os cães de Parelheiros estariam recebendo o melhor.
Nos comunicados, os cães que eram inicialmente 400, de repente se transformaram em 270. Um número considerável, se pensarmos que todos os cães da Chácara dos meus Amores herdados pelo Rafael eram adultos e SRD. Claro que muitos eram doáveis, mas 130 começou a nos parecer um número um tanto quanto exagerado.
Então, o Rafael pressionado, começou a falar em mortes por cinomose, uma coisa que nunca antes havia existido no canil. Depois começamos a ler em comunicados que esses cães haviam sido abandonados por uma “ong falida” e que passavam fome. Eu garanto a todos aqui e convoco quem nos ajudou nesses anos todos, a Paola, a minha xará Patricia Figueiredo, a Deka, a Dra. Denise Valente, a atestar que nossos animais jamais ficaram sem ração. Os apelos sempre foram atendidos, e havia dias que conseguíamos comprara a ração no final da tarde, os caseiros distribuíam a ração já no escuro, mas jamais deixamos para fazer isso no dia seguinte. Isso para a Dona Jane era inaceitável.
Eu não conseguia entender, porque o Cão sem Dono precisava desfazer de nosso trabalho para enaltecer o deles.
Há cerca de dois meses, a Claudia recebeu um apelo na internet de uma amiga, Claudia Mônaco, que pedia abrigo para um cão que havia sido atropelado e socorrido por ela emergenciamente, mas que não tinha um cantinho para se recuperar e estava na rua com a pata entalada.
Como eu estava em obras e sem espaço, e a Claudia sabia que a casa da Dona Jane estava vazia, pois o Rafael havia retirado todos os cães de dentro da casa, mandou levar esse cão para lá.
Para a surpresa da Claudia, o Rafael PROIBIU a entrada do cão, mandando deixá-lo na rua, com a pata quebrada, sob a ameaça de demitir a funcionária que recolhesse o animal.
Uma atitude um tanto estranha para quem acabara de vir de Pinheirinho onde havia muitos animais sem destino, para quem pede dinheiro para resgatar animais, para quem, posta no facebook que resgatou uma caixa de filhotes no meio da rua. Que protetor que tem espaço disponível, mesmo que precário, se recusa a acolher um animal com a pata quebrada?
Um grande parênteses me obriga claro a divulgar, que este animal foi prontamente recolhido pela ABEAC que faz um belíssimo trabalho com os cães da Marcia, ao lado da casa da Dona Jane.
Pois bem, a partir daí, a Claudia suspeitou que as coias não iam bem e começou a investigar o que estava acontecendo com os cães da Chácara assumidos pelos Rafael.
Encontrou uma colaboradora do Cão sem Dono, que nunca quis doar dinheiro diretamente ao Rafael, mas que se dispôs a construir canis em parelheiros para abrigar melhor os animais. Rafael mentiu para ela, dizendo que o terreno de Parelheiros era da Prefeitura e por isso não poderia construir no local. Convenceu a moça a construir os canis em Itapecerica com a promessa de transferir animais da Chácara para lá. Os canis ficaram prontos e a moça começou a suspetitar, pois rafael sempre enrolava e não tirava os cães de Parelheiros. Mais próxima, ela constatou que nunca um veterinário havia visitados os cães e que os mesmos não estavam vacinados. Sequer dinheiro era gasto com a compra de ração, pois os casos que chegavam em Parelheiros, eram sacos de 5Kg, 10Kg, nitidamente arrecadados durante as feiras do Cão sem Dono na Cobasi ou em outros locais.
Todos sabemos, que animais que não comem a mesma ração regularmente apresentam problemas intestinais, diarréia em função da troca constante de ração.
Os canis, todos destelhados, deixam os a nimais totalmente desprotegidos fo rio e da chuva.
Uma colaboradora, Denise Hajar, há quase um ano, ofereceu telhas para nosso abrigo e Rafael, jmais se interessou em retirá-las.
Resumidamente, se é que é possível, após tanto escrever, os animais da Dona Jane estavam completamente abandonados. Mais pressionado a dar conta dos animais que saíam de Parelheiros e não chegavam em Itapecerica, Rafael Miranda enviou para a Dra. Denise Valente, termos de doação de cães, porém, ao investigar as adoções, descobrimos que quase nenhum cão era da Chácara. Rafael nunca soube, mas na semana que a Dona Jane faleceu, o genro dela e Presidente da nossa Ong, Stefano, esteve no canil e cadastrou e fotografou todos os 298 cães do canil e os 71 cães da casa da Dona Jane. Sabemos quem são todos eles, cada animais que lá estava.
Mais pressão em cima do Rafael, e na terça-feira passada, ele estava com três carros, cheios de cães velhos, não castrados, alguns totalmente não doáveis, como a Negrona, cadela da Dona Jane que tem 11 anos, catarata e é MUITO brava, alegando que estava os encaminhando para avaliação veterinária para participarem de feirinhas.
Foi brecado pelo Stefano, obrigado a retirar os animais dos carros, e a partir daquele momento, impedido de continuar cuidando dos cães de Parelheiros.
Rafael está divulgando um espaço em Jacareí, para onde supostamente estaria levando estes cães, por ser um local com mais condições de abrigá-los. Esta colaboradora descobriu, que o local, que fica na verdade em Paraibúna, é o antigo canil Uanga, que em 2006, foi denunciado por receber dinheiro para ficar com animais e deixá-los morrer à míngua. Seus novos “associados” são os mesmos, denunciados de 2006.
Ao ser cobrado para devolver para a Chácara os cães que alega estarem em Itapecerica, Rafael disse que “precisava dar baixa” no CCZ de Itapecerica. A Dra. Denise Valente, conversou essa semana com a diretora do CCZ, que negou saber de nossos cães, disse que rafael está proibido de receber novos animais, pois foi denunciado por receber dinheiro para cuidar de cachorros e sacrificá-los ou deixá-los morrer à míngua.
Investigado por nós agora, estamos recebendo todo tipo de denúncias. Nilce do jardim dos Amiguinhos, diz que Rafael retirou cães dela para levar à adoção, mas encontrou alguns destes cães abandonados nas ruas nas imediações de seu abrigo.
Uma menina no facebook informa no dia de ontem, que viu voluntários do Cão sem Dono, abandonarem uma caixa de filhotes próximo a uma Cobasi, onde promovem feiras de adoção.
O prazo para Rafael nos informar o paradeiro dos animais que retirou da Chácara terminou ontem, sem que tenhamos tido notícias dele. A prestação de contas deve ser entregue até quarta-feira, dia 23 de maio. Completamente atônitos, estamos aguardando explicações. Quero acreditar que tudo seja um mal entendido e que Rafael tenha conseguido neste período encaminhar 180 cães de parelheiros, mas as evidências nos levam em outra direção.
Informamos a todos os colaboradores que estamos de volta no controle de Parelheiros. Peço para quem quiser voltar a ajudar, que entre em contato comigo. Peço também, encarecidamente que os colaboradores do Cão sem Dono cobrem o paradeiro de nossos animais e a prestação de contas. Quem doou dinheiro aos cães de Parelheiros, por favor, entre em contato.
Agradeço a paciência e interesse de quem conseguiu ler este email até o fim.
Boa semana!

Um comentário:

  1. em sua patética tentativa de defesa na rede social FAcebook, a diretoria do Cão sem dono disse que a PAt LIma não existe.

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